A luta contra um câncer de Melanona Letiginoso Acral, já dura seis anos para o professor tocantinense, morador de Palmas, Luciano Coelho. Todos os protocolos para tratar a doença no Brasília foram utilizados permitindo até aqui uma sobrevida de qualidade.
Corinthiano, novo acordense, esportista ativo nas redes sociais, Luciano tem mobilizado os amigos, colegas da rede municipal e estadual de ensino, amigos de todas as vertentes nas várias fases da doença que o atingiu após machucar o dedo de um dos pés num jogo de futebol. Ferida que não cicatrizou e provocou uma amputação logo que o câncer foi descoberto.
O fato é que agora o desafio se tornou maior: com metástase no pulmão e fígado o professor luta por uma chance de viver e ver seus filhos crescerem, através do tratamento de ponta chamado de terapia de células CAR-T nos Estados Unidos da América.
O problema é o custo: são 2.5 milhões de reais que ele tenta arrecadar com a ajuda de amigos, e de famosos.
Em entrevista ao Portal T1 Notícias, Luciano Coelho diz que a expectativa de dar início ao seu tratamento seja em setembro. “Tenho até o dia 30 de agosto para levantar esse recurso, os trâmites de documentação demoram por mais de 30 dias. Quero começar meu tratamento até o fim de setembro, se Deus quiser! ”
Glória Pires mobiliza rede nacional em favor de Luciano
A mais nova adesão, jogou nacionalmente nas redes, a campanha de Luciano que arrecada qualquer valor em doações via pix: 123.coelho@gmail.com, ou em depósito bancário direto: Banco do Brasil Agência:1867-8 Conta Corrente: 81.249-8.
Num depoimento contundente, a atriz Glória Pires pede que cada um de seus milhões de seguidores doe, nem que seja um real, para ajudar o professor Luciano a ter uma nova chance.
Em uma semana, com as novas adesões, a conta saltou de r$ 30 mil para R$ 100 mil reais. Mas falta muito ainda para o resultado necessário.
Jogadores do Corinthians também fizeram apelo
Antes de Glória Pires , que foi sensibilizada por uma prima, amida do professor Luciano, o goleiro Cássio - Roger Guedes e o técnico Wanderlei Luxemburgo, também usaram suas redes sociais para fazerem apelo ao professor.
“Dizem que santo de casa não faz milagre”, essa frase retrata bem o que Luciano Coelho está passando, após tentar por ajuda de artistas regionais. “ Todos eles sabem da minha luta, essa questão de ajudar tem que vir do coração. Eu tenho uma responsabilidade muito grande e sou grato a todos que estão me ajudando. Já alcançamos cem mil reais, faltam 2,400 milhões, tenho fé!”, diz o professor.
Secretário de Meio Ambiente e amigo de Luciano, Marcelo Lellis, diz que a forma que ele está tratando essa situação, tem sido motivo de inspiração. “ Eu pensei: não tenho milhões de seguidores, mas vou gravar um vídeo pedindo a todos que gravem também. Fiz minha doação e vou pedir aos meus seguidores que gravem também. Mas nós tocantinenses que conhecemos a história do Luciano, podemos ajudar. Se cada cidadão fizer um vídeo pedindo essa ajuda, as seguidores, vamos construir uma corrente do bem e vamos conseguir”, diz Lellis.
Entenda o caso
Luciano Coelho descobriu o problema de saúde quando estava jogando futebol e feriu um dos dedos. Essa lesão não cicatrizava e após alguns exames, foi diagnosticado esse câncer de pele. Após a amputação do dedo, o tratamento teve uma remissão. Dois anos após em 2021, em exames de rotina foi descoberto que novas células cancerígenas migraram para o pulmão através da corrente sanguínea.
“Por mais que eu viva essa situação, eu me sinto privilegiado, pois todos os tratamentos disponíveis no Brasil foram feitos. Minha esperança agora é ir aos Estados Unidos, lá existe um tratamento inovador contra o câncer conhecido como terapia de células CAR-T, feito com células de defesa reprogramadas do próprio paciente. É um tratamento caro, mas tenho muita esperança”, diz Coelho.
Como irá funcionar as células CAR-T, nos Estados Unidos
A partir da coleta de sangue do paciente, os especialistas irão isolar um tipo de leucócito (célula de defesa) conhecido como linfócito T. Ele é um dos principais responsáveis pela defesa do organismo graças à sua capacidade de reconhecer antígenos existentes na superfície celular de agentes infecciosos ou de tumores e desencadear a produção de anticorpos. Acontece que o câncer às vezes dribla esse sistema de detecção doenças.
É com o auxílio de um vetor viral (um vírus cujo material genético é alterado em laboratório), um novo gene é introduzido no linfócito T extraído. Ele então passa a apresentar em sua superfície um receptor (uma proteína) capaz de reconhecer o antígeno.
O professor Luciano Coelho ressalta que clinicamente ele está bem, graças as atividades físicas que ele faz. A expectativa agora é atingir a meta.
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