A terceira reunião do Fórum de Governadores do Brasil Central aconteceu nesta sexta-feira, 11, em Palmas. O governador Marcelo Miranda (PMDB) chamou a atenção para a importância dos encontros que seguem até dezembro e avaliou como sendo “o início de um projeto audacioso para o Brasil”.
“Esse projeto que está nascendo no Brasil Central vai ajudar muito o Brasil nesse momento em que o país passa. Unimo-nos para discutir projetos alternativos não só para o Brasil Central, mas para o Brasil inteiro. Nós estamos unidos por um país melhor. Estamos unidos por entender que o momento é agora”, disse o governador durante entrevista coletiva.
Além do Tocantins, fazem parte do Fórum os Estados de Goiás, com o governador Marconi Perillo (PSDB); Mato Grosso, com o governador Pedro Taques (PSDB); Mato Grosso do Sul, com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB); Rondônia, por meio do governador Confúcio Moura (PMDB); e o Distrito Federal com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
De acordo com Marconi Perillo essa terceira reunião representa a consolidação do Fórum já que os presidentes das Assembleias Legislativas e da Câmara Distrital devem apresentar as minutas de leis sobre o consórcio do Brasil Central. “Todos nós estamos preocupados com uma série de acontecimentos do Brasil, mas vamos focar nossas conversas nos assuntos que nos unem e o nosso movimento tem como objetivo a troca de experiências que fortalece a nossa região politicamente”, ressaltou o governador de Goiás ao lembrar que o movimento “possibilita viabilizar ações concretas para os Estados”.
Para Perillo o movimento nasce bem estruturado. “Levamos ele a sério e tenho certeza que por conta disso vamos conseguir inúmeras consequências positivas nessa agenda”, disse.
Rodrigo Rollemberg concordou com o gestor goiano e destacou que a união dos estados é uma ação inovadora de entes que tem interesses em comum. “Unidos poderemos enfrentar os desafios com muito mais qualidade. Poderemos criar uma sinergia que possa propiciar o desenvolvimento comum dessa região que irradiará para todo o Brasil”, pontuou.
Força política
O governador do Mato Grosso, Pedro Taques, ressaltou que os estados envolvidos estão buscando uma nova forma de interlocução e explicou que a união das forças vai representar uma força política em âmbito nacional para garantir que as ações planejadas sejam de fato desenvolvidas.
Ao todo são 57 deputados federais, 18 senadores e 162 deputados estaduais representantes dos seis estados envolvidos. “Essa força política que nos faz grande”, disse Taques.
Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul, lembrou que nos momentos de crise, como a instalada em todo o território nacional, é preciso ter criatividade e para ele a pauta discutida de forma regional ganha força. “Não somos adversários, somos parceiros na discussão de ações afirmativas para a nossa região e para todo o país”.
Para o governador de Rondônia, Confúcio Moura, a força política dos seis estados garante a busca por modalidades de investimentos que atendam às reais necessidades da região. “Agente não briga pelas modalidades de investimentos a serem investidos nessa região e temos condições de fazer isso. Passamos por um momento impressionante em que traz a voz da alto estima positiva dizendo ao povo brasileiro que temos que reagir com criatividade”, destacou.
Relação com governo federal
Tendo em vista que nem todos os governadores são pertencentes a partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), os governadores foram questionados sobre a sensibilidade do governo em responder ao fórum de forma objetiva e segundo Perillo, que é do PSDB, todos os encaminhamentos estão sendo encaminhados à Dilma pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Uber.
“Estamos buscando sinergia entre estados da mesma região. Interesses que estão acima de partidos políticos e temos bancadas alinhadas em busca de interesses comuns”, completou o governador do DF, Rodrigo Rollemberg.
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