A secretaria de Saúde, Vanda Paiva, disse ao Portal T1 Notícias que não admite mais falar em falta de medicamentos no HGPP por que todo o estoque já foi reposto, “e o CRM tem conhecimento disto”.
Em resposta às afirmações feitas mais cedo em coletiva pelo Conselho Regional de Medicina, de que o Pronto Socorro do HGPP é um “Afeganistão”, a secretaria comparou: “internação em corredor não é privilégio nosso, é uma realidade muito brasileira, basta ver o Hugo em Goiânia, o Hospital de Base em Brasília, o Hospital de Urgência em São Luiz”.
A secretaria afirmou que já esperava por instabilidade na transição entre a saída de fato da Pró-Saúde da gestão hospitalar, até que o Estado assumisse toda a logística. “Nós já compramos tudo, e os fornecedores estão entregando. Os hospitais do interior estão completamente abastecidos, e o HGPP é abastecido uma vez por semana, o que aconteceu nos últimos dias foi superlotação”, informa. Ela sustenta que não tem problemas com fornecedores. "Muita coisa compramos com dispensa, para não deixar faltar, e estamos fazendo pregões eletrônicos. O pessoal resiste à pregão, mas se uma empresa não participa, vem outra. O que menos me interessa é saber quem está vendendo", disse.
Sem recusar atendimento
“O problema é que todo mundo quer vir para o HGP. A pessoa vai na UPA, não resolve, vem pro HGP. Aí vem os que são encaminhados dos hospitais do interior, vem os que chegam de outro Estado. Se chegar uma pessoa com febre, nós não podemos negar atendimento”, explica.
O que aconteceu nos últimos dias, foi que a superlotação do hospital provocou a falta de alguns itens, mas por pouco tempo, garante a secretaria. “Soro de 500 ml não tinha, mas tinha o de 1 000ml para ser usado. E outra, faltou por quatro horas”, explica.
Segundo Vanda Paiva a diretora de regulação do estoque tem a chave em mãos para atender qualquer necessidade urgente. “Eu autorizo vocês a irem lá e fotografar. Nossos estoques estão cheios. Agora, a superlotação não é privlégio nosso”, argumenta ela.
Novas medidas e ampliação
Por ser um hospital de referencia e com alta resolutividade, o HGP continua bastante procurado, justifica a secretaria, complementando que está determinando a aplicação de soluções alternativas para adotar uma política de “fechar as portas”, na medida do possível para melhorar o atendimento.
“Dengue, por exemplo. Por que a pessoa tem que ficar ocupando leito no HGP? Vamos começar a mandar para Paraíso, para outros hospitais do entorno, onde houver vaga. Tem gente que não vai gostar, mas vamos deixar o HGP para os que realmente necessitam dele”, antecipou.
Uma comissão vai avaliar os casos que poderão ser reencaminhados a outros hospitais e os que devem ser atendidos no HGPP.
“Nossa política também vai mudar com relação a acompanhantes. Tem mais acompanhante que paciente internado. Tem gente que vem com a família. Então vamos fazer valer a norma: acompanhante só para quem tem menos de 18, ou mais de 60, e aqueles casos em que o médico determinar”, adiantou.
Para a secretaria, o investimento na contratação de técnicos em enfermagem vai suprir as necessidades dos internos, sem que todos tenham que ter um acompanhante.
“E vamos construir, ampliar o hospital. Os recursos já estão garantidos com o Banco do Brasil e vamos finalizar os preparativos para o processo licitatório”, finalizou.
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