Vicentinho nega ter movimentado 170 milhões em empresa familiar e acusa adversários

Deputado afirma que empresa citada em reportagens foi criada pelo sogro em 2018 e que não há irregularidades nas transações financeiras mencionadas

Crédito: Divulgação/T1

O deputado federal Vicentinho Júnior (Progressistas) negou, em entrevista, as acusações de que movimentou R$ 170 milhões por meio de uma empresa supostamente irregular. A informação, veiculada no Metrópole e no Canal do Uol, o associa a uma "empresa fantasma" em nome de sua esposa.

 

Em sua defesa, o parlamentar afirmou que a empresa foi constituída em 2018 por seu sogro, já falecido, para atuar como concessionária de bebidas. Segundo ele, o uso do nome da esposa ocorreu devido a um impedimento legal do sogro e as movimentações financeiras referem-se à operação comercial regular do negócio ao longo de sete anos. Ele destacou que conheceu sua esposa apenas em 2021.

 

"Olha que informações absurdas. Isso não é verdade. Nunca foi e vou dizer porquê. Uma empresa fantasma aberta por meu sogro finado em 2018, junto à Junta Comercial em novembro de 2018? [...] Partindo de um princípio que eu eu tenho culpa no cartório... Eu iria colocar dinheiro fruto de corrupção, de desvio de conduta de minhas emendas, seja lá qual for, em uma empresa que leva o nome da minha esposa? É um pensamento muito raso", disse.

 

O deputado relacionou o caso a episódios anteriores, alegando que acusações semelhantes surgiram em 2020 durante o governo Mauro Carlesse, que ao longo do tempo foram completamente refutadas. Ele conta que foi surpreendido com a publicação do Metrópolis no sábado e que domingo chamou seus advogados para se inteirar sobre o assunto, que apenas na segunda-feira, 15, buscou o peticionar para ter acesso ao processo. Nesse ínterim, soube da decisão do ministro Nunes Marques no bojo da Operação Overclean, que em outubro indeferiu completamente medidas cautelares contra ele e a esposa por entender "não haver conexão direta com o núcleo da investigação". 
 

"As pessoas tentam criar uma narrativa para tirar o foco de outra. Não foi o deputado Vicentinho Júnior que há dois meses atrás foi preso pela Polícia Federal. Foi o secretário-executivo da Seduc do governo Wanderlei Barbosa, Edinho Fernandes", desabafou.

Comentários (0)