Vigilantes cruzam os braços e exigem cumprimento da data-base

Eles querem reajuste de 6,17% sobre os salários e garantem que as agências bancárias não vão abrir. Uma audiência acontece na Procuradoria Regional do Trabalho para discutir a situação

Trabalhadores de empresas de vigilância do Tocantins cruzaram os braços nesta sexta-feira, 25, exigindo o cumprimento da data-base da categoria. Eles garantem que as agências bancárias não serão abertas. De acordo com o delegado sindical, Mauro Borges, os vigilantes pedem um reajuste de 6,17% sobre o atual salário de R$ 919,82. “Até agora as empresas não manifestaram interesse em negociar”, afirmou Borges ao Portal T1 Notícias.

 

De acordo com o líder sindical, uma audiência está marcada para as 10 horas de hoje na Procuradoria Regional do Trabalho onde o Sindicato e as empresas de vigilância tentarão chegar a um acordo. “Se não houver acordo, todas as agências bancárias vão ficar fechadas”, argumentou Mauro Borges.

 

Além do reajuste de 6,17%, os vigilantes pedem ainda o cumprimento da lei que determina pagamento de 30% sobre o valor do salário como percentual de risco, conforme lei assinada recentemente pela presidente Dilma Roussef.

 

Bancários apoiam

A greve dos vigilantes tem também apoio do Sindicato dos Bancários do Tocantins (Sintec) Para o presidente do Sintec, Crispim Batista Filho, o adicional é merecido e vai garantir uma remuneração melhor aos vigilantes.  “É uma das categorias que mais é ameaçada pelos diversos riscos que encontram no dia-a-dia e não é reconhecida. O Sintec apoia a valorização e o reconhecimento do trabalhador. Um funcionário bem remunerado desempenha melhor suas funções. Com o fato dos bancos e demais empresas não quererem pagar compromete a segurança e proteção dos clientes, como dos próprios bens e valores das empresas. O Sintec é solidário a essa causa dos vigilantes”, afirmou o presidente.

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários “Na greve que os vigilantes fizeram em 2012 muitos sofreram retaliações e foram transferidos das empresas que trabalhavam, o que pode comprometer a segurança dos bancos”, explicou Crispin. 

 

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