O fim do processo eleitoral em todo estado mostra que a divisão de forças e a consolidação de três grupos políticos é uma realidade no Tocantins. Há um equilíbrio bem notado nos resultados do mapa político definido nas prefeituras do estado. Mas quero fazer uma análise mais profunda desta situação: a luta pela conquista de espaço para 2010 - e espaço é voto - já começou
A União do Tocantins, grupo do ex-governador Siqueira Campos, mostrou que não está morta. Conquistou sozinha e coligada com o PT (vide Colinas) uma fatia representativa dos municípios. Mesmo que perca alguns prefeitos com tendência a se aproximar do Palácio Araguaia, por força até da necessidade de recursos para administrar melhor.
O sinal de alerta está aceso para a Aliança da Vitória. Em Palmas, sobraram estilhaços por toda a parte após a derrota de Nilmar, e a vitória de Raul, com apoio - entre outros - do vice-governador Paulo Sidney. A verdade é que supostas chapas já começam a ser formadas. Do lado da Aliança, a única certeza é que Marcelo Miranda disputará uma vaga ao senado.
Para governo o céu está nublado. Kátia Abreu é virtual candidata, mas terá contra si o presidente Lula e toda a tropa do PT. Paulo Sidney quer ser candidato, mas precisa costurar uma chapa forte ao seu redor.
No staff petista, Raul é o virtual candidato a governo do Estado. Falta acomodar Paulo Mourão (que ninguém sabe se fica no PT), e dividir a fatia com os recém chegados, Leomar Quintanilha e Osvaldo Reis. O PMDB por sua vez, esfacelado como está é uma icógnita. Uma grande colcha cheia de retalhos para Brito Miranda costurar nos próximos meses.
E aí tem a União do Tocantins. Lá, com duas vagas, Siqueira Campos é senador praticamente eleito. Ninguém duvida que se tivesse disputado uma vaga para o senado há dois anos, estaria sentado numa cadeira no senado. Com duas vagas disponíveis, o voto de gratidão é quase automático. Pouca gente neste estado pode dizer que não deve nada a ele.
João Ribeiro, após um grande investimento na campanha de Marcelo Lélis, conquistou dentro do grupo o direito de ser candidato a governo. Se der qualquer zebra, tem legenda própria para encarar. E ainda conta com Eduardo Gomes, e outros nomes mais para a composição de chapa.
Não sei não, mas se eu fosse candidata a alguma coisa diante deste quadro, teria começado a trabalhar hoje, seis horas da manhã.
Roberta
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