A importância da reserva de emergência em tempos de crise

Momentos de crise como o atual, em que o mundo passa por um período de quarentena, instaurada pela pandemia do COVID-19 (novo coronavírus), trazem muitas incertezas e inseguranças.

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Descrição: Imagem ilustrativa Crédito: Divulgação

Momentos de crise como o atual, em que o mundo passa por um período de quarentena, instaurada pela pandemia do COVID-19 (novo coronavírus), trazem muitas incertezas e inseguranças; além das preocupações com a saúde e o bem-estar de familiares e pessoas do convívio diário, é inevitável deixar de pensar na parte financeira.

 

Indagações como: "Quando poderemos voltar a trabalhar?", "Quais serão os estragos dessa crise?", "Quando e como as economias vão se recuperar?" "Será que vou ter meu emprego de volta quando tudo isso acabar?" surgem diariamente e, ainda sem respostas, têm deixado a grande maioria das pessoas, senão todas, com o nível de ansiedade nas alturas.

 

As contas a pagar e as dívidas contraídas com prestações de empréstimos, cartão de crédito etc. tem tirado ainda mais o sono do brasileiro, afetando também sua saúde mental. Foi o que detectou o levantamento do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), em que seis entre dez pessoas afirmaram sofrer de ansiedade por ter contas em atraso há pelo menos três meses. 

 

Ter uma reserva emergencial pode ajudá-lo a enfrentar momentos como este de forma mais tranquila e sem stress. Se você ainda não fez a sua reserva financeira, saiba que o quanto antes começar, melhor. A seguir, especialistas em finanças pessoais ensinam como se preparar.

 

Prepare-se o quanto antes 

 

A reserva financeira deve ser pensada como uma quantia a ser utilizada em um momento de imprevisto como uma despesa médica que não é coberta pelo plano de saúde, um problema na casa ou apartamento que deve ser resolvido com urgência e até mesmo uma perda de emprego.

 

Para dar início ao projeto reserva financeira emergencial, você precisará passar um pente fino no seu orçamento e verificar seus gastos. O que for possível cortar de despesa que não seja essencial, elimine o mais rápido possível. Aquele cafezinho depois do almoço com chocolate, ou o combo de pipoca no cinema podem ser direcionados para essa reserva. No entanto, só você pode determinar o que é essencial e aquilo que é supérfluo na sua vida.

 

Quanto guardar?

 

Uma dúvida bastante comum das pessoas é o quanto elas devem guardar para a reserva emergencial. E os especialistas afirmam que, no mínimo, as pessoas devem ter uma quantia para bancar seus gastos (fixos e temporários) por três meses. Já há os que dizem que essa reserva deve ser feita para o período de um ano.

 

Para saber o quanto é preciso poupar, primeiro deve-se calcular os gastos mensais. Por exemplo, se uma pessoa tem uma despesa de R$ 5 mil, para o prazo de três meses precisará de R$ 15 mil ou R$ 60 mil para o período de um ano.

 

Como fazer para o dinheiro render mais?

 

Apesar de muitas pessoas pensarem que não dá para fazer a reserva emergencial, os especialistas em finanças pessoais dizem que é possível sim. Conforme dito anteriormente, depois que de se organizar o orçamento, checar os gastos que podem ser eliminados, deve -se guardar esse dinheiro e fazê-lo render.

 

Para buscar a melhor opção de investimento para fazer o dinheiro render, tenha em mente de que você deve buscar opções de investimentos com alta liquidez, ou seja, em caso de imprevisto, o dinheiro deve estar disponível em conta corrente o mais rápido possível.

 

Os produtos de renda fixa (modalidade de investimento em que a rentabilidade é pré-determinada no momento da compra do título) são indicados para esse tipo de reserva. Dentre os produtos de renda fixa há possibilidades em: LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), os títulos do Tesouro Direto, CDB, Debênutres etc.

 

Outra opção são os fundos de investimento, modalidade de investimento em que um gestor profissional investe os recursos de um grupo de investidores em ativos em uma maior proporção de ativos, o que não seria possível de acontecer se esses investidores aplicassem seus recursos individualmente.

 

Antes de tomar a decisão sobre a melhor opção para investir o dinheiro da reserva emergencial, o investidor deve avaliar seu perfil de investidor e suas expectativas para o futuro e, aí então, escolher o melhor ativo.

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