A Paz é a gente que faz

Nesta quinta-feira, 2, o secretário de Segurança Pública do Tocantins, Dr. Herbert Brito Barros lançou a campanha institucional "A Paz é a gente que faz", com o objetivo claro de conter a violência contra crianças e adolescentes além de idosos, entre...

Na noite desta quinta o secretário também falou comigo ao vivo no programa “Na Ponta da Língua”, da Rádio 96 FM sobre o tema. Segundo Dr. Herbert, os dados do Tocantins em comparação aos demais estados da federação não estão ruins, mas podem melhorar ainda mais, e esta é a proposta da campanha.

Nos próximos dias, um material para TV e rádio começa a circular estimulando a população a denunciar atos de violência contra crianças e adolescentes que aconteçam próximos de si. Os idosos também são vergonhosamente maltratados, seja por familiares ou estranhos, e são alvo da proteção dos organismos de segurança.

A campanha visa também o combate à homofobia, que tem provocado crimes contra a vida de homossexuais em Palmas e no interior do Estado. A pedofilia também está no alvo da lei, e qualquer atitude suspeita deve ser denunciada. Além de VT e Spot a campanha trará também folders e cartazes.

O número, bem grande que merece ser divulgado é o 0800 63 1190. Através dele, sem a necessidade de identificação, é possível parar um crime antes que ele aconteça, identificando situações de ameaça a estas pessoas, alvo da campanha pela paz.

O mote, bem bolado: “A Paz é a gente que faz”, me levou a pensar no quanto somos omissos muitas vezes simplesmente para “evitar confusão”. Por isso, acabamos suportando comportamentos abusivos conosco mesmo, ou com pessoas próximas. Como é difícil às vezes interferir numa situação de constrangimento ou abuso ao idoso, por exemplo, tão valorizado nas culturas africana e oriental,e tão desprezado na nossa sociedade ocidental voltada para os padrões de beleza, juventude e consumo.

Realmente, em todas as instâncias, a paz é a gente que faz. E a guerra também. É de um grande pensador, mas já caiu no senso comum a frase que diz: “às vezes é necessário ir à guerra para garantir a paz”.No nosso caso, a guerra é mansa. Basta usar a consciência, o dedo e um telefone para colocar um fim a muitas situações de sofrimento. Não denunciar, se calar, é no mínimo ser conivente.

Indo à luta contra situações injustas, e atitudes suspeitas, poderemos evitar sofrimentos sem tamanho, como o da mãe que perdeu o filho esta semana. Um menino inocente de 9 anos, do Jardim Aureny, com toda a vida a ser vivida, e que foi molestado e morto por um ser humano doente. Quem sabe alguém mais atento e disposto não poderia ter impedido este crime com uma simples denúncia? quero acreditar que outros meninos possam ser salvos por olhos vigilantes da sociedade.

Nesta sexta-feira, 3, dia especial para mim que há 18 anos desembarquei de um ônibus poeirento numa quente e ensolarada manhã de Palmas, quero usar este espaço e o dom das palavras para desejar mais paz a este Tocantins. Um lugar tão especial e mágico, em que temos a chance, a cada dia,  de construir o presente e o futuro que queremos viver.

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