Na árdua e por vezes não compreendida tarefa de governar o Estado do Tocantins devido a celeuma política entre convicções ideológicas manifestadas no parlamento tocantinense e por técnicos dos Quadros de Pessoal do Governo, ele transforma o exercício da política numa das mais nobres e fascinantes atividades a que pode dedicar-se estruturado no seu idealismo e na sua visão teleológica.
Sei que a classe política é um agrupamento de intelectuais ou de pessoas que se distinguem pelo merecimento, pois sofre todas as dores dos males sociais e nela se atribui quase tudo aquilo que na vida pública não anda bem. É geralmente válvula de ressentimentos e frustrações da sociedade que sempre espera perspectivas, apesar de que há na psicologia do político uma carga de sacrifícios e de dedicação aos interesses do povo que geralmente não é vista, pois o julgamento moral sobre esta classe, muitas vezes é grosseiramente errôneo.
Sei também que as grandes transformações históricas foram arquitetadas pelos políticos, cuja sensibilidade capta o momento em que é preciso viver uma página e têm a coragem de virá-la. Nesse aspecto, destaco aquele político que tem o princípio de virtude.
Vejam! aqui no Tocantins, quando os tecnocratas do governo se manifestam ou se calam perante a dúvida, o estadista se projeta como um gênio na sua concepção política e faz. E, então, depois que ele faz, muitos farão! O julgamento polêmico, sobremaneira, maldoso e vulgar, junta-se ao preconceito, onde às vezes exageram nos questionamentos: será que ele vai acertar ou errar? Certamente são reações advindas de quem em sua convicção, está livre de todo vínculo político, pois seu comportamento está conforme sua consciência e principalmente segundo sua competência e não vê no sistema político um meio razoável para a realização das suas idéias e para pô-las em evidência.
Aqui já vimos muitos que ganharam batalhas, todavia poucos atingiram as estrelas do firmamento político. Isto é privilégio do estadista.
Por isso, vejo ainda no Tocantins, a impossibilidade de uma efetiva tecnocracia como nos grandes centros, uma vez que os problemas do Estado dependem sobejamente de ações políticas e não tão somente técnicos. A imprescindível colaboração do técnico na solução dos problemas estatais, levanta-se ao nível do auxiliar do político, mas não é capaz de inverter os papéis, nem é capaz de alterar o contexto municipal, estadual e federal como já aconteceu historicamente no Tocantins com ele e que agora, novamente abre-se perspectivas de um novo governo com idéias ordenadas para mudanças prósperas. Para isso é preciso ser Político e que tenha um Norte.
Nessas mudanças há uma escala de valores e uma seleção de critérios de interesses gerais que confluem para o bem comum e só são apanhados pelo político que tem rumo, numa cosmovisão abrangente dos fatores em vias ideológicas, sociais, morais, economicas e também as razões religiosas que são peculiares de Siqueira Campos.
A propósito, para ilustrar, nos entretantos, quando parte razoável da sociedade, inclusive os técnicos do governo merecidamente planejam para aproveitarem os momentos de descontrações, valorizando os feriados e dias santos, se agiganta o político e experiente Siqueira, quando toda responsabilidade recai sobre as suas resoluções, quando sofre e sente com o povo; nas horas sombrias fica isolado com sua consciência no mosteiro dos seus problemas e se aprofunda no sentimento da fé e da religiosidade para vencer mais uma etapa de sua incansável missão.
Surge, portanto, o líder, sensibilizado com o social, e ele, pelos anseios difusos de um povo, que sabe catalizar e transformar em ordens e medidas nem sempre amenas, sobretudo elaboradas com propriedade, determina e faz acontecer novas ações de governo para beneficiar a todos, como foi da mesma forma para criação do Tocantins e da nossa belíssima Palmas para o povo falar.
E é por tudo isso que homenageio a peregrina coragem de um Homem de Estado, e crendo nessa coragem, na sua lealdade com o povo, valorizo a sua atitude virtuosa, pois no seu fadário de todos os dias esse Político assume a atitude heróica, incompreendido, paciente mas esperançoso vai tecendo o destino do povo mesmo sabendo que vão restar apenas algumas linhas nas páginas da História, porém o seu labor tem outro objetivo, e ele o persegue com tenacidade e determinação a de promover uma sociedade mais justa, livre e solidária para o nosso Tocantins.
Joaquim Pereira de Souza Filho (JOTA) é pioneiro e sevidor público do Tocantins
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