A Unitins e as perguntas que continuam sem resposta

Recebi, li e postei o material divulgado pela Assessoria de Comunicação da Unitins como defesa protocolada ao MEC - Ministério da Educação, na semana que passou. Algumas coisas já é possível entender neste processo intricado e cheio de omissões, resp...

“Sou aluna da Unitins, conclui o 7º período e gostaria de saber se vou receber meu certificado, por que terminei o curso”. A pergunta, da estudante Kézia Vieira, foi postada neste sábado, 15. Não há resposta para ela em qualquer dos comunicados da Unitins. O que foi dito inicialmente é que para que o MEC certificasse os alunos, era preciso que a Universidade assinasse o termo de saneamento de deficiências, o que não aconteceu.

“Se o MEC (vai) assegurar as turmas recentes, já imposto pelo descredenciamento, gostaria de saber se essas turmas serão remanejadas para outras entidades ou não”. A pergunta de Alaci, postada no dia 7, traz a dúvida de muitos. As novas turmas terão assegurado o direito de concluir? Se a Unitins for realmente descredenciada, para onde irão estes estudantes? É evidente que não existe a mesma oferta de vagas e cursos para todos os casos. E a questão financeira, como ficará?

“Olá, estou escrevendo aqui por falta de comunicação com a Unitins,eles não atendem o 0800 da Eadcon. Deixa (o estudante) por horas a fio só com uma gavação. Não resolvem nossa situação,nossa notas todas incompletas e diz que estamos com dependências(eles estão sem saida e querem nos prejudicar junto),não corrigem ,falta notas de exercícios,de web,e agora fecham o portal de acesso,deixa a gente feito bobos,e não fazem nada. Pelo amor de Deus,transfiram logo a gente para uma instituição credenciada e chega de enrolação e de querer nosso dinheiro que suamos pra ganhar. Estou decepcionada com Unitins/Eadcon em que roubada que fui me meter”. O desabafo, feito dia 05 é de Ilana Kisney Pereira, registra falha no atendimento telefônico, e nas informações prestadas, deixando os estudantes sem rumo.

“Gostaria de saber sobre os acadêmicos que estão matriculados e estudando, como devem fazer? Continuar? E se a Unitins for extinta como ficará esse tempo que pagaram a universidade? Obrigada”. A pergunta foi postada pela estudante Rita, e mostra duas preocupações não respondidas: continuar estudando, pagando (já que a cobrança foi considerada ilegal pela Unitins, que é pública) e correndo o risco do descredenciamento?

“Acabei de concluir o 5º periodo de Administração e agora estou sem saber o que fazer. A responsabilidade será somente da Unitins/Eadcon ou o MEC deveria ter fiscalizado antes. Já se passam dois anos e meio que estou estudando, e agora que o MEC toma esta decisão?, o questionamento é do acadêmico Daniel, e toca na responsabilidade do Ministério da Educação que tem a responsabilidade de fiscalizar e deixou a situação chegar a este ponto. Ao detectar tantos erros, qual caminho tomar para não penalizar o acadêmico?

“Gostaria de saber como vamos ficar nós que cursamos o 7 períodos de SS da Unitins/Eadcon, pagando mensalidades estes 3 anos 3 meio?” . A pergunta da acadêmica Carla Padilha toca num aspecto que pode provocar muito questionamento jurídico. Se a cobrança foi considerada ilegal, é possível o pedido de ressarcimento dos valores pagos. Cobrança indevida, segundo o Código de Defesa do Consumidor, implica em devolução em dobro. Esta conta, caso a justiça acate petições neste sentido, será pago exclusivamente pela Eadcon, que recebeu o dinheiro, será partilhado pelo governo do Estado, ao qual juridicamente a Unitins está ligada? Enfim, um mar de processos na justiça que se avizinham anos depois que a cobrança começou a ser feita.

São dezenas de desabafos e perguntas que se repetem, mas resumindo, falta comunicação transparente com os acadêmicos sobre o que pode acontecer caso a Universidade perca o credenciamento, objeto do processo administrativo. Falta orientação jurídica - sem viés partidário dos que querem usar o problema para se promover – para que os estudantes possam garantir seu direito ao Certificado de Conclusão com a chancela do MEC. E finalmente falta saber quem mais lucrou neste negócio milionário e cheio de vícios, dirigido pelo sr. Carlos Amashta, e defendido com tanta desenvoltura por alguns detentores de mandato, que chega a escandalizar quem observa as manchetes d

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