Conversando mais cedo com algumas fontes de partidos diferentes, presentes na política de Araguaína, pólo administrativo e político do Norte do Estado, tive a informação de que pode durar pouco o afastamento do prefeito Valuar Barros(DEM) da prefeitura da cidade.
Tudo por que a decisão que o afastou se baseia na falta de processo licitatório para contratação da festa de carnaval da cidade. Algo que o Tribunal de Contas do Estado ainda não julgou, a Câmara por sua vez também não. Traduzindo: um fato isolado, que pode ser considerado insuficiente para a medida tomada em afastar o prefeito. Isso somado ao fato de que é notório na cidade que a relações entre o prefeito e o promotor que pede o afastamento não é das melhores.
Noves fora todas estas questões, que podem ou não determinar uma suspensão em instância superior da decisão que afastou Valuar, há que se ponderar os impactos políticos do desgaste- este notório - que o prefito sofre com o afastamento.
Valuar, até onde se sabe, não é candidato à reeleição. No quadro atual, pelo que se apura na cidade, Ronaldo Dimas lidera a preferência do eleitorado nas intenções de voto na última consulta feita para consumo interno. Seguido de Valderez Castelo Branco, que tem história política e administrativa na cidade. Em seguida a ela estaria o vereador e presidente da Câmara Municipal, Elenil da Penha, do PMDB.
Os dois primeiros podem ou não disputar. Tudo por questões legais que podem gerar impedimentos, e que ainda não estão suficientemente claras. Dimas conseguiu uma certidão para ser candidato em 2010. Valderez ainda não tem decisão transitada em julgado que a impeça. Mas as eleições são em outubro, e o registro de candidaturas em julho, após as convenções, como se sabe.
E o que poderia acontecer de novo neste interím? Alguns acreditam que se permanecer tempo suficiente na prefeitura para fazer diferença, Amilton, o vice, poderia tentar em Araguaína o que fez Abdalla em Gurupi quando a cidade perdeu João Cruz: tornar-se uma alternativa.
Resguardadas as devidas proporções e diferenças, alguns apostam na possibilidade de que Amilton, por ter migrado do PMDB para o PSDB possa ter mais simpatia do governo para um apoio do que Dimas, já que Agimiro não emplacou candidatura na cidade. Isso considerando que o pré-candidato do PR já se afastou de Siqueira uma vez rumo à oposição. É uma teoria, mas que para vingar necessitaria de tempo.
Este parece que será escasso no interregno entre a saída e o retorno de Valuar que já é tido como certo nos bastidores.
A coisa em Araguaína poderia ser diferente (na condicional), se ao invés do vice tivesse assumido o presidente da Câmara Municipal, vereador Elenil. Este com disposição e mobilidade política suficiente para fazer de uma passagem - mesmo que rápida - um catalisador de expectativa de poder futuro.
Por tudo isto, o quadro na cidade não deve mudar muito por conta da crise que tomou conta da prefeitura municipal com o afastamento de Valuarzinho. Este que pelo que se conhece, deve estar contando os dias para 31 se dezembro chegar. E poder sair dos holofotes para voltar à vida normal. E quem sabe lá na frente, buscar o retorno à Assembléia Legislativa. Onde de fato, era mais feliz!
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