Ao se defender de "CPI dos shows", Ayres diz que foi intimidado por deputados da situação que pediram que ele retirasse assinatura

O deputado Ricardo Ayres (PMDB) se defendeu da proposta de instalação de uma CPI que visa investigar shows que teriam sido pagos e não teriam ocorrido na época em que era secretário da Sejuves. De acordo com Ayres, isso já está sendo investigado e nã...

Em entrevista ao Site Roberta Tum no final na sessão ocorrida na tarde desta quarta-feira, 18, o deputado Ricardo Ayres (PMDB), que teve sua gestão a frente da Sejuves como alvo de proposta para instalação de CPI, reafirmou o que havia dito na tribuna: “eu fui procurado por dois deputados da bancada do governo para retirar minha assinatura do requerimento das CPI´s e fui intimidado por eles”, contou Ayres.

Conforme o deputado, que preferiu não citar nomes, os supostos parlamentares disseram, que caso ele não retirasse sua assinatura poderia ter problemas com o Tribunal de Contas em virtude de um processo que investiga a prestação de contas da Sejuves referente ao exercício de 2006, em que o deputado estava à frente da pasta.

“Eles me procuraram, fizeram o pedido e ainda tentaram me intimidar dizendo que eu devia me preocupar com o processo que havia no TCE, mas eu não me preocupei e permaneci firme porque tenho confiança no trabalho desse órgão”, destacou Ayres.

Processo no TCE

O deputado Ayres também se defendeu da proposta da bancada de situação que pede que seja instalada uma Comissão para avaliar os supostos shows que foram pagos e não teriam ocorrido. “Isso já está sendo investigado pelo TCE, vale lembrar que no primeiro momento eu fui condenado, mas depois uma nova inspeção foi realizada para que não ficassem dúvidas quanto ao assunto”, contou o deputado.

Conforme o relatório de inspeção e conclusão do corpo especial de auditores que foi disponibilizado à imprensa pelo deputado, com a realização da inspeção ficou comprovado que os shows da Banda Fruta Mel foram realizados nos municípios de Pedro Afonso, Praia Norte e São Bento em substituição a shows que deveriam ser realizados em outras cidades, ficando comprovada, também, a inexistência de duplicidade do pagamento.

De acordo com os documentos, o Ministério Público de Contas seguiu a conclusão dos auditores e manifestou-se pelo conhecimento do recurso do deputado recomendando que seja alterada a decisão do primeiro julgamento. “Agora o que falta é com base nessa nova inspeção o Tribunal julgar novamente, mas é muito difícil que ele vá contra a decisão do corpo especial de auditores”, destacou o advogado de Ricardo Ayres.

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