O programa Pioneiros Mirins vai continuar, e provavelmente com o mesmo nome. Este foi o resultado dos dois últimos dias de avaliações e muita conversa entre os deputados estaduais, e a equipe mais próxima ao governador interino, Carlos Gaguim. Como em todos os outros casos de dívidas, o governo vai começar a pagar em dia, a partir de setembro e tentar negociar os atrasados com os credores. No caso do Pioneiros Mirins, com os donos de prédios alugados para atender as crianças e que também estão sem receber.
Os deputados estaduais foram unânimes em argumentar com o governador a necessidade política de evitar o desgaste que a extinção política do programa causaria. Mesmo com todas as dívidas, que segundo o governador ultrapassa a casa de R$ 15 milhões, se extinguisse o programa, Gaguim ficaria com esta “mancha” no seu currículo. E entregaria à oposição uma bandeira contra ele numa futura disputa eleitoral.
Assembléia reformulará
Dentro do espírito do governo parlamentarista instalado no Palácio Araguaia, caberá à Assembléia Legislativa o estudo e a reformulação do programa Pioneiros Mirins. Segundo o Site Roberta Tum apurou, o modelo hoje existente será substituído no seu conteúdo, um acordo feito entre os deputados. É que com o passar do tempo, restou apenas o nome, a marca do programa como o primeiro a atender as crianças carentes com bolsas e alguma orientação cívica. O caráter militarista, que já era bastante criticado, foi esvaziado nos últimos anos de governo Marcelo Miranda, mas a verdade é que nada de concreto foi consolidado em seu lugar.
E as eleições?
A coletiva com a imprensa terminou na cozinha do Palácio Araguaia, onde os jornalistas foram convidados a acompanhar o governador num cafezinho. Mas ninguém tocou no outro assunto do dia: as eleições indiretas. Enquanto o TSE – Tribunal Superior Eleitoral não se manifestar sobre isto, oficialmente, ou o STF – Supremo Tribunal Federal não julgar o pedido de liminar do PSDB contra a Lei das Indiretas, nada caminhará.
A sabida lentidão do judiciário – que levou dois anos e meio para julgar o Rced 698, e até ontem, quarta-feira, 23, não havia publicado o julgamento dos embargos - pode protelar a interinidade e conseqüentemente, manter o clima de indefinição de vários aspectos do governo. Apenas após eleito o governador do mandato tampão, o Tocantins poderá respirar aliviado, e ter noção do que vem por aí no próximo ano.
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