Artesãs conhecem projeto “Mulheres do Tocantins”, promovido pelo Senar e Sebrae

Diagnóstico, que baseia projeto, aponta que 69% dos artesãos são mulheres e a renda média é de R$ 231

Mulheres foram conhecer projeto
Descrição: Mulheres foram conhecer projeto Crédito: Ascom Sebrae

Cerca de 150 artesãs conheceram na manhã desta terça-feira o projeto “Mulheres do Tocantins”, que levará conhecimento e oportunidades de negócios para promover o artesanato tocantinense. Projeto é baseado no Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Artesanato do Tocantins que também foi apresentado para as artesãs de norte a sul do estado que participaram do evento, em Palmas. O projeto é uma parceria d o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Sebrae, com objetivo de fomentar o empreendedorismo e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e igualdade de gênero no Tocantins.

 

Segundo a presidente do Sistema CNA/FAET/SENAR, senadora Kátia Abreu, essa é uma oportunidade de promover uma revolução de conhecimento e de prosperidade no estado. “Isso significa dar a essas artesãs a possibilidade de realização de seus negócios com muito sucesso. Elas são responsáveis por destacar o nosso artesanato como um dos melhores do país”, afirmou Kátia Abreu, depois de citar uma pesquisa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos em que as duas palavras chaves que lembram o Brasil no exterior são: alimento e artesanato.

 

Para a diretora técnica do Sebrae, Mila Jaber, o Sebrae realiza o trabalho de fomento do artesanato há mais de seis anos. “As artesãs têm conseguido aumentar a sua renda. E existe um mercado expressivo e que tem que ser valorizado”, afirmou Mila Jaber, acrescentando que o artesanato gera lucro, negócios e aumenta o fator de geração de renda. “É retorno financeiro para investir no negócio deles.”

 

Dentro do projeto, serão realizados cursos de gestão, oficinas de design e estudos com foco na participação dessas mulheres na geração de renda para a família. As capacitações terão como base a valorização do saber local a partir de vivências práticas, dos processos educativos e organizativos das mulheres. Entre os resultados esperados pelo projeto, é aumentar em 80%, até dezembro 2017, a receita de negócios sustentáveis empreendidos pelas mulheres atendidas pela ação.

 

Para a artesã e presidente da Associação Rosário de Fátima, de Araguatins, Lucília Ribeiro Pinheiro, o projeto vai fortalecer o trabalho das artesãs. “Temos necessidade desse apoio e nos procure para dar esse apoio para que nosso trabalho seja valorizado e consigamos ter o aperfeiçoamento das nossas obras”, explicou Lucília.

 

Diagnóstico

A publicação do diagnóstico foi entregue à senadora Kátia Abreu pelo conselheiro do Sebrae e presidente da Faciet Pedro Ferreira, que representou o presidente Roberto Pires, pela conselheira Maria Luzia, superintendente da Caixa Econômica Federal no Tocantins, e pela superintendente do Sebrae, Márcia Rodrigues. Apresentado pelo consultor do Sebrae Edson Cabral, o diagnóstico aponta que  69% dos artesãos tocantinenses são mulheres. Além disso, o maior número de artesãos está na faixa etária de 30 a 59 anos, faixa que representa aqueles que estão economicamente ativos. Porém, a renda média dos artesãos ainda é muito baixa, na faixa de R$231.

O diagnóstico buscou estudar a qualidade de vida e a forma de utilização dos recursos de sustentabilidade de dois grupos de mulheres dos territórios do sul e sudeste, Jalapão e Bico do Papagaio. O estudo traçou o meio de vida das mulheres, sobre os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Objetivo é que esse diagnóstico subsidie a busca de agregação de valor dos produtos a serem desenvolvidos junto à comunidade, criando conceitos atraentes para que seja atingido o mercado justo.

 

 

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