Este janeiro promete. Ainda não estamos em período eleitoral. Candidatos só existirão a partir das convenções, que acontecem em junho. Até lá, todo mundo pode viver o sonho de ser tudo, e tentar viabilizar candidaturas na chapa majoritária. São oito vagas: governador e vice, dois senadores e quatro suplentes.
Mas suplente conta? Me perguntou um amigo outro dia. Conta demais. Taí o senador Sadi Cassol que não me deixa mentir. Marco Antonio Costa também teve seus dias de paraíso no Senado.
Todas as vagas são importantes. Os suplentes, na verdade têm sido vagas usadas para acomodar partidos e companheiros numa composição maior. Mas é importante. Tanto, que eu soube das intenções de um famoso empresário do ramo da educação à distância em ser suplente de senador, rapidamente abortada no seu grupo político.
Quem quer ser governador
Na bolsa de apostas para o cargo máximo do Executivo no Estado a lista é grande: Ex-governador Siqueira Campos (PSDB) - que perdeu as últimas eleições em 2006, num pleito que teve o resultado anulado pelo TSE -Senador João Ribeiro (PR), prefeito Raul Filho (PT), Senadora Kátia Abreu (DEM).
Do PMDB deve sair um nome. Embora negue candidatura agora, o governador Carlos Henrique Gaguim é o candidato natural do partido. Primeiro por que está no governo e tem esta prerrogativa. Segundo por que cresceu nas pesquisas e pode liderar a base do presidente Lula no Tocantins.
O fato de que boa parte destas lideranças possui legenda própria para concorrer ao governo pode provocar o lançamento de três candidatos ao governo, com condições de chegar ao poder. Está nas mãos do senador João Ribeiro, por exemplo, a decisão de manter candidatura ao governo, ou de apoiar outro nome da base, que tanto pode ser Gaguim, como Raul.
Do outro lado, a senadora Kátia Abreu, segunda colocada nas pesquisas de intenção de votos, vai decidir até abril se lança seu nome em corrida própria, ou se apóia o ex-governador Siqueira Campos. Este, isolado na liderança, tem variado entre 5 e oito pontos na frente da senadora. Ninguém sabe como este quadro evolui até lá.
Os senadores
As duas vagas para o Senado estão por se definir. Definido mesmo está o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB). Quer ser candidato e tem posição confortável nas pesquisas. Segundo o deputado Júnior Coimbra (PMDB) o partido não deverá lhe negar legenda: “a gente tem que ver quem tem apoio popular, e superar as picuinhas”, argumentou em entrevista no final do ano.
Também no PMDB, o senador Leomar Quintanilha quer a chance de disputar a reeleição. Sua atuação no Congresso Nacional, especialmente nas duas crises envolvendo os senadores Renan Calheiros e José Sarney,o deixaram muito bem resguardado a nível nacional para ter o apoio do partido nesta empreitada.
Fora os dois, o PMDB ainda é o mais rico em nomes com condições de disputar. Os deputados Osvaldo Reis e Moisés Avelino foram bem avaliados na pesquisa Ipespe/Folha de S. Paulo. Testados no cenário, Reis alcançou 20% e Avelino 27%. Nada mal.
Mas o PT pode apresentar seus nomes numa composição. É o caso da deputada Solange Duailibe. O DEM tem em João Oliveira e Júnior Marzola duas opções consideráveis. O PSB tem para uma composição Laurez Moreira e Alan Barbiero. O PDT também cresceu muito, e pode compor uma suplência em posição privilegiada, já que segundo o deputado Ângelo Agnolin, o partido tem como prioridade a eleição de federais. E ainda tem o PR com a deputada Nilmar Ruiz. Ou o PSDB com o deputado Eduardo Gomes.
Um mundo de possibilidades
O certo é que o cenário político nunca propiciou tantas oportunidades a todos os que desejam alçar vôos maiores neste 2010. Com a cassação de Marcelo Miranda, e a transferência do poder da máquina para o governador Carlos Gaguim, tudo se relativizou na política tocantinense.
O espaço político está aberto para os que tiverem posição, atitude e coragem. Nos próximos meses veremos quem são estes homens e mulheres que se colocarão em posição para que o eleitor tocantinense possa escolhê-los. Vai ser uma grande campanha. Que a gente deseja e espera ver travada no campo das idéias e dos projetos. Fora da vala comum das questões pessoais. Tomara!
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