Bancada do prefeito articula para neutralizar oposição : Folha é o fiel da balança

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As articulações que começaram ontem, terça-feira, 27 durante o dia na sala da presidência da Câmara Municipal de Palmas avançaram noite a dentro. As decisões já foram tomadas, mas só serão conhecidas hoje ao longo do dia. O vereador Folha, peça chave para que o PTN forme um bloco, com o PP, por exemplo, está reunido neste momento com seu grupo do PTN de Palmas  para, segundo disse agora há pouco ao  Blog da Tum, "tomar uma decisão". Segundo fontes ouvidas "em off", a decisão já está tomada, e o vereador estaria apenas buscando o respaldo do grupo para não agir sozinho, dividindo o partido na Casa.

Reunidos ontem à tarde com o presidente da Casa, Wanderlei Barbosa, estiveram, entre outros os vereadores Lúcio Campelo, Milton Néris e Cavalcante. O vereador e radialista Valdemar Jr., do bloco da Aliança da Vitória, passou por lá, mas sua visita foi curta.

Segundo uma fonte garantiu ao Blog da Tum, em off, o secretário Adjair de Lima (foto) se juntou ao grupo no final da tarde para fazer as contas, e encontrar a melhor forma de ocupar -  com os nomes disponíveis da base aliada - postos chaves na presidência das comissões e as lideranças disponíveis.

Peça chave para a formação de um terceiro bloco -  caso ficasse com seu grupo de origem - o vereador José do Lago Folha Filho  teria oscilado, mudado de posição e voltado à base do prefeito. Tudo no mesmo dia. Segundo informações, Folha havia decidido compor com a oposição, quando foi chamado às pressas para uma reunião com o prefeito Raul Filho. De lá voltou mais do que decidido a permanecer com a base aliada.

Se manter esta posição, o PTN não poderá compor bloco, e seus dois vereadores que, somados a mais um, poderiam ganhar uma liderança e a força de bloco, se enfraquecem. Divina Márcia deve acompanhar o grupo composto por DEM/PMDB e Folha acompanha a base de Raul. Os dois na minoria.

A maior disputa até o final da noite era pela Comissão de Constituição e Justiça. Na briga por ela estão os vereadores Lúcio Campelo, e Aurismar Cavalcante. Este último, embora seja vice-presidente da Casa, encontrou uma brecha regimental que permite que ele ocupe o cargo. Campelo teria instado com Adjair contra a indicação do colega utista alegando que Cavalcante "é contra o prefeito", e não poderia assumir o cargo.

Na outra ponta as articulações, contas e tentativas de aproximação foram comandadas pelos vereadores Fernando Rezende e Carlos Braga, reunidos fora da Casa. Valdemar Jr. transitou entre as duas reuniões buscando informações e fazendo os contatos com os dois que ainda poderiam fortalecer a oposição: Folha e Cavalcante. Sem problemas de relacionamento com quem quer que seja,  o vereador mais votado tem trânsito entre todos os grupos.

Além da definição da CCJ e a indicação de Milton Néris para a Comissão de Administração e Urbanismo (onde pretende questionar a gestão do "patrimônio imobiliário da Capital" pelo estado, e a entrega de áreas ao grupo Orla) poucas surpresas devem acontecer nesta quarta-feira, 28. A turma do governo, caso tenha alguma chance de equilibrar as discussões e votações de projeto na Casa, estará dependendo, mais uma vez, do vereador Folha.

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