Banco da Amazônia lança Plano Safra com R$7 bi para o agronegócio da região amazônica

Montante de recursos é o maior volume disponibilizado pelo Basa para a região amazônica

Crédito: Divulgação

O valor de R$ 7 bilhões é o total destinado pelo Banco da Amazônia (Basa) para o agronegócio da região amazônica para o Plano Safra 2021/2022. Este montante foi anunciado durante evento on-line ao vivo, realizado na terça-feira, 29. Para o mini, pequeno e agricultor familiar, serão destinados R$ 4 bilhões.

 

O lançamento do novo Plano Safra foi realizado pelo presidente do Basa, Valdecir Tose e pelo diretor comercial, Francimar Maciel. Houve a participação do diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Araújo, do vice presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço Junior, e do coordenador de Crédito Rural do Instituto Conexões Sustentáveis – Conexsus, João Luiz Guadagnin.

 

O presidente Valdecir Tose anunciou os recordes nos números macros no plano Safra no ciclo 2020/2021, mesmo com todo o processo de pandemia. De acordo com os dados apresentados, na região amazônica, o Basa bateu recorde de valores contratados ano passado, que foram R$ 6,5 bilhões. A meta era de R$ 5 bilhões, portanto, houve uma superação de 31% da meta. Em relação ao plano de 2019/2020, quando foi contratado R$ 4,34 bilhões, houve um crescimento no valor aplicado de 50,9%. Nos últimos cinco anos, o Banco já aplicou R$ 19,7 bilhões no agronegócio regional.

 

Além de crescer na aplicação do crédito, segundo Valdecir Tose, o Banco espera fomentar o agronegócio sustentável. “O nosso objetivo estimular um agronegócio que visa integrar a parte tecnológica, social e ambiental em um formato em que o desempenho do produtor rural se desenvolva e cresça de forma a conciliar todos estes benefícios”, afirmou.

 

“Tanto a pecuária quanto a agricultura cresceram de forma semelhante, em torno de 51%”, apresentou. A região vem crescendo na parte agrícola, mas a pecuária demanda muito crédito na Amazônia como um todo. “Aplicamos muito em recuperação de pastagens, isso traz um benefício ambiental muito significativo, estimulamos o produtor a fazer integração, lavoura pecuária e reflorestamento, preservando o ambiente. O Basa tem uma análise socioambiental desde a agricultura familiar até o grande produtor. Não financiamos área embargadas, produtores que possuem pendencias  socioambientais. O Banco busca atuar dentro da sua política de responsabilidade socioambiental, direcionando para o agronegócio sustentável.

 

Na ocasião, Francimar apresentou as novas taxas a serem praticadas no novo ciclo. No caso para os mais de 15 programas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), os juros cobrados variam de 3% a 4,5% ao ano. Para as operações de custeio, as taxas serão pré-fixadas entre  5,62%  a  6,29%  ao ano. Nas operações de investimento as taxas variam de 5,53% a 6,22% ao ano. Para as linhas verdes, que são aquelas voltadas para inovação tecnológica no agro, ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns, recuperação de áreas degradadas, conservação e proteção ao meio ambiente, o Banco oferece a taxa de 5,17% ao ano. “São taxas muito competitivas e diferenciadas em relação àquelas praticadas pelos demais bancos”, pondera o diretor Francimar.

 

Para o diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Araújo, as prioridades serão voltadas para a agricultura sustentável. “Sempre há como avançar. É a consciência que já tem o produtor rural de caminhar nesta direção. É um caminho sem volta na questão da sustentabilidade. Não só pelo bem estar, mas pelas exigências que nos são impostas por aqueles que nos financiam”, comentou.

 

O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Muni Lourenço Júnior, destacou positivamente a elevação de recursos para questões fundamentais como o fomento às inovações tecnológicas. “A produção de alimentos no Brasil e a agropecuária vêm tendo um desempenho crescente com a incorporação de novas tecnologias e aumento de produtividade. Esse aumento significativo de recursos para a inovação tecnológica é muito bem-vindo no Plano Safra do Basa”, ressaltou. “A sinalização clara de aumento de recursos para as linhas de crédito voltadas para a conciliação da produção agropecuária com a questão da sustentabilidade ambiental é importante para o crescimento da produção”, comentou.

 

Para o coordenador de Crédito Rural do Instituto Conexões Sustentáveis – Conexsus, João Luiz Guadagnin, destacou o esforço que o Banco faz para dialogar com os parceiros do desenvolvimento da região. “O banco, entre todos os que atuam na Amazônia, é o que mais dialoga, especialmente para os movimentos sociais, principalmente na representação dos extrativistas, pescadores, agricultores familiares, comunidades tradicionais e as organizações não-governamentais”, afirmou destacando a parceria do Basa com quem quer fazer desenvolvimento sustentável.

 

A live completa está disponível no canal do Youtube do Banco da Amazônia e no site da instituição.

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