O vice-governador e ex-deputado estadual Eduardo Machado (PDT), foi à Assembléia esta semana com a missão de acalmar os ânimos entre os mais agitados deputados da base aliada. Do Sudeste ao Bico do Papagaio os conflitos estão pipocando entre os parlamentares por causa de um problema nítido: a base do governo inflou.
Na prática, isso significa que deputados que disputavam entre si os votos de uma cidade, agora estão juntos no mesmo governo, e com o direito de indicar para nomeação comissionados em cargos diversos, escritórios de representação de órgãos como Ruraltins, Adapec, Detran.
Em Araguaçú, por exemplo, a majoritária é a deputada Solange Duailibe (PT), vice-presidente da Casa, e que está na base de apoio. O PT não nomeou secretários, mas outros deputados menos representativos já estão nomeando seus “companheiros”, dentro do município em que a deputada detém a maioria dos votos.
Brigas do Bico ao Sudeste
No Bico do Papagaio, a disputa já começou. Amélio Cayres por exemplo, que era oposição, e aderiu ao governo Marcelo Miranda, agora é da base de Gaguim. Mas, enfrenta a animosidade dos ex-adversários e teve atritos esta semana na hora de fazer as indicações.
O caso mais grave, que vazou ontem a tarde foi a discussão acirrada entre os deputados Paulo Roberto (PR) e José Vianna (PSC). Segundo uma fonte do Site RT, os dois passaram perto de chegar às vias de fato. O médico Zé Vianna é majoritário em Paranã, e Paulo Roberto comanda Taguatinga.
As demais cidades do Sudeste, no entanto, estão no centro da confusão. E não é só o Sudeste. Definir critérios (e limites) para as indicações dos deputados é o maior problema político da base aliada neste começo de governo.
Enquanto nos bastidores da Assembléia a briga por cargos cresce a níveis insuportáveis, o governador Carlos Gaguim empenha seu tempo para buscar em Brasília o apoio financeiro de que precisa para fechar o ano e atravessar janeiro. Afinal, o sucesso de sua administração é fundamental para qualquer projeto futuro do grande grupo que se formou para elegê-lo. Falta talvez a compreensão maior do quadro por parte de alguns aliados do governador. Só o entendimento permitirá que a base vire o ano sem rachar.
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