Bastidores: PSD e PDT endurecem o jogo na reta final e isolam Democratas na chapa de Lélis

O saldo do registro de candidaturas proporcionais na capital na quinta-feira, 5, mostrou que as duas maiores coligações, encabeçadas por Marcelo Lélis de um lado, e Luana Ribeiro de outro, optaram por distribuir de forma equilibrada os vereadores com...

Cada um dos majoritários emplacou três proporcionais, sendo que Luana distribuiu seus sete vereadores com mandato de um lado, e Lélis tentou distribuir também de forma igualitária seus seis vereadores.

Para quem percebe que a conta não fecha (são 12, e não treze vereadores com mandato), explico: estou contando José Hermes Damaso na cota do PR.

As últimas 24 horas de tensão para fechamento das proporcionais, foram provocadas, segundo fontes do Site Roberta Tum pelo endurecimento do jogo por parte das duas damas de ferro da coligação de Marcelo Lélis.

Kátia Abreu, que fechou cedo o acordo com o PV havia condicionado seu apoio ao fato de que na proporcional PSD e PV ficassem juntos. A coordenação de campanha cumpriu. Só que o PMDB foi fato novo no jogo, e a senadora discordou de permanecer na mesma coligação que os novos aliados.

Depois de muita luta e muito desgaste para os presidentes de partido envolvidos, ficou como se viu: PV/PMDB/PSD e PSDB. Com mandato nesta frente Carlos Braga, Valdemar Junior e Aurismar Cavalcante.

A outra a endurecer a parada foi Edna Agnolin, que não aceitou em nenhuma hipótese fechar coligação com o Democratas. Segundo informações de bastidores, temendo que Fernando Rezende já saísse de cara com uma das vagas.

Depois do acordo selado na presença dos vereadores Juscelino Rodrigues e de João Telmo Valduga, em nome do PDT, Edna desautorizou o acerto, e tudo voltou a estaca zero.

Rezende retira o nome

Ao longo do dia, e diante do impasse, Fernando Rezende chegou a retirar o nome, para deixar a chapa mais leve, propondo as candidaturas pelo Democratas apenas de Warner Pires (que aceitou de última hora disputar a eleição, para ajudar a fazer legenda, antes de mais nada) e mais duas candidatas, de médio porte.

Nem assim chegou-se a um acordo. O PSL de Cristian Zinni, e o PHS do Pastor Claudemir, liderando o bloco dos pequenos partidos também bateu o pé, e não aceitou fechar com o Democratas.

O resultado foi o que se viu: o partido teve que sair sozinho para tentar com cinco candidatos, fazer legenda para um.

A esta altura só haveria uma saída para os Democratas: buscar o PTN que estava em outra chapa majoritária, mas para isto, precisaria romper com Marcelo Lélis, a esta altura do campeonato.

Novamente Rezende fez a opção por ficar no grupo da base governista.

Resumindo os fatos desta primeira arrancada de campanha, o desgaste inicial foi contornado, mas sobraram sequelas no relacionamento entre os partidos da base de Marcelo Lélis. E a primeira dívida do candidato, pelo menos moral, foi criada com aqueles que fizeram de tudo para contornar o problema.

Como diz o ditado sertanejo: “farinha pouca, meu angu primeiro”. O Democratas passou a vez. Pode ser que seja reconhecido lá na frente por isto, numa história de campanha que já começou. Ou não.

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