O vereador eleito pela União do Tocantins, Aurismar Cavalcante, está movimentando populares e associados à APP - Associação dos Pioneiros de Palmas para lotar as galerias da Câmara Municipal amanhã, terça-feira, 30, para acompanhar a votação do projeto que altera a Planta Genérica de Valores do município de Palmas, com impacto no IPTU que passa a ser cobrado no próximo ano na Capital. "Eu vou chamar o máximo de pessoas que eu puder, vamos filmar, vamos divulgar para a comunidade quem votou a favor deste aumento, e depois vou fazer a maior campanha que esta cidade já viu para que as pessoas não paguem esse IPTU com aumento por que vamos entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade", disse ele na manhã desta segunda-feira, 29 ao Blog da Tum. Confira a íntegra da entrevista concedida pelo vereador, que reafirma: foi eleito pela oposição e vai permanecer nela.
Cavalcante, como ficou o mandado de segurança que você impetrou para impedir a votação destes aumentos agora?
Aurismar Cavalcante - O juiz negou na sexta-feira. É uma decisão que a gente respeita mas não concorda, por que são vários pontos a serem questionados. Eu cito pelo menos dois: se é preciso ter uma comissão a cada ano para fazer a avaliação, como é que eles promulgam uma lei baseado numa comissão de 2005? e depois, se a vereadora Edna Agnolin foi eleita vice-prefeita, e é presidente da Comissão de Finanças e relatora do processo, qual a chance dela emitir um parecer contrário?
Se o projeto for aprovado amanhã pela Câmara Municipal qual o próximo passo?
Cavalcante - Nós vamos entrar com uma Ação Direta de inconstitucionalidade. Agora, é ruim por que vai demorar. Mas você pode ter certeza que eu vou fazer a maior campanha que esta cidade já viu para que as pessoas não paguem esse IPTU com aumento. Não pague por que vai cair na justiça e depois a prefeitura vai ter que devolver o dinheiro. Olha só o caso do Rio Grande do Sul. Lá aumentaram o IPTU em 7,5% e a justiça derrubou por que foi um aumento superior à inflação. Infelizmente, quem sai prejudicado é o comerciante que tem que pagar para renovar seu alvará de funcionamento.
O senhor foi eleito pela oposição e tem mantido esta postura. Esta vai ser sua posição com relação à base do prefeito?
Cavalcante - Sou oposição e não existe a possibilidade de mudança. Fui eleito com esta bandeira, principalmente o pessoal da saúde que acreditou muito em mim, então não há como mudar, eu não vejo caminho para isso. Agora existem questões, como a presidência da Câmara em que eu não vou ficar fora do processo.
Como assim, o senhor pode votar num candidato da base do prefeito?
Cavalcante - Não defini ainda. Esta é uma definição que só acontece no dia 1º. Eu faço parte da União do Tocantins, tenho que ouviro governador Siqueira Campos, que é alguém que eu respeito, e apoio por acreditar nos projetos.
O senhor havia declarado apoio ao vereador eleito Valdemar Jr. Este seu voto será pessoal ou pode ser uma escolha partidária?
Cavalcante - É verdade, eu declarei naquele momento que 90% meu voto seria dele. O que vai pesar é o momento político. Por que eu também não posso contrariar todo meu grupo político. Eu sou UT, e vou continuar na UT, então como é que eu vou contrariar meu pessoal todo, gente que achou que podia confiar em mim? não posso.
Isto significa que o senhor está aberto a fazer qualquer composição para presidência da Câmara?
Cavalcante - Significa que eu vou votar de uma maneira que eu fique bem comigo mesmo, e com meu grupo político.
Roberta Tum
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