Por várias vezes, em conversas com amigos, no local do trabalho ou em casa, me vi em meio a uma discussão que jogava o questionamento sobre quando o povo, o eleitor iria ser menos transparente? Quando as eleições, em particular no Tocantins, não iriam ter resultados tão previsíveis? A pergunta era: quando isso vai acontecer?
A hora exata ninguém vai saber. Nunca. Mas em que ano acredito que já tem como responder e arriscaria que o ano é o de 2008. Que eleição mais gostosa esta que estamos vivendo. Não digo gostosa por prazer em saber dos acontecimentos, mas pelo que estamos democraticamente vivenciando. Em Gurupi o que era óbvio já não é mais. A certeza em Paraíso parece que está em crise e em Araguaína o que a elite (aliás que domina a cidade) dizia não acreditar está tendo que se inclinar sobre a escolha do povão. E em Palmas..Ah em Palmas, a coisa está quente e nublada.
Com uma eleição convincente para deputada federal, Nilmar Ruiz quis voltar à Prefeitura e era tida como a imbatível. O prefeito Raul , que alega ser rejeitado porque não mostrou o que fez pela população da Capital, parece que ergueu a cabeça e está no comando e o moço dos jardins da cidade, Marcelo Lélis, que virou vereador com facilidade, sendo eleito deputado estadual dois anos depois, com os votos dessa cidade, está avançando e provocando mais rounds na briga pelos votos.
Surpresa? Não chega a ser, mas vamos combinar que, no mínimo, algo que parecia fácil não está sendo e o que era julgado impossível parece que quebrou o paradigma. É claro que se trata de um ponto de vista e não de uma constatação. Olhar a movimentação do eleitor, da militância e dos próprios candidatos dá vazão à reflexão que faço sim.
O que é melhor para a Capital, só u povo sabe. Nós, os eleitores, sabemos. Já sorrimos e também já sofremos e, sem pestanejar ainda abrimos os braços e acolhemos o nome de alguém, que em muitas vezes nem sabe disso. Mas a sã consciência diz que o importante é o coletivo e não o pessoal. E esse mesmo eleitor acaba de lançar as regras do jogo. Não se revela totalmente. Aplausos para isto, e oxalá que seja um pensamento comum entre os eleitores. Que vença o melhor! Sem ranços, sem mágoas, sem preferências pessoais, sem sentimentos ruins. Que nosso prefeito ou prefeita venha para fazer o melhor, para dar tudo de si em prol de uma cidade que ainda espera por muito, que está localizada no centro do país e que tem no clima e no tempo o calor e a luz, raros no restante do Brasil.
Que a vaidade pessoal não se sobreponha a nada, e que o deslumbre não ocupe o espaço da dignidade, honradez e honestidade. E que o sentimento de poder fique com o povo.
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