O ato de assinatura do compromisso de gerir Palmas dentro de novas práticas que estimulem a sustentabilidade, ontem, na FAET, por parte do pré-candidato do PV, Marcelo Lélis é um passo importante, que a meu ver deve ser seguido pelos demais pré-candidatos a prefeito e prefeita da capital. Desde que tenham realmente o compromisso com práticas que abordem o desenvolvimento de uma outra visão.
Jovem ainda, Palmas vive problemas de cidade grande. Em parte por conta do seu crescimento desordenado. Boa parte da discussão ácida que se dá atualmente sobre criar ou não área de expansão na capital mais jovem do País se dá justamente por que não houve ocupação por etapas, planejada e organizada pelo poder público.
Os desafios do mundo, portanto, são desafios para Palmas. Como vamos cuidar do lixo? De que forma vamos recuperar as fontes hídricas responsáveis pelo abastecimento da capital, muitas delas comprometidas ao extremo pela falta de cuidado na movimentação de terras nas obras públicas realizadas na Serra do Lajeado em Taquaruçu e Buritirana, e outras comprometidas pelo uso desmedido (quantidade), uso inadequado (criadouros de animais como porcos à margem de córregos).
E olha que estamos falando de água, bem precioso e que tínhamos em abundância há bem pouco tempo.
Qualquer pré-candidato bem intencionado vai precisar debater estes temas com a comunidade.
Palmas pode ser a cidade do verde, a cidade onde é seguro andar de bicicleta – vejam pelas últimas notícias de acidentes de trânsito que ainda não é – a cidade onde seja criado um programa alternativo de geração e energia solar. Somos muito privilegiados, mas pouco aproveitamos de tantas potencialidades naturais.
Nesta sexta-feira, proponho uma pausa para pensarmos nas novas práticas que queremos na nossa cidade. Ainda há tempo de olhar o crescimento de Palmas com outros olhos, e criar mecanismos para fazer um grande trabalho de recuperação e ajuste de rota.
Marcelo Lélis, por ser do Partido Verde, e por ter esta ligação toda com atividades como o turismo, saiu na frente. Mas o desafio de crescer com sustentabilidade não tem dono. Pode ser abraçado por todos que quiserem escrever uma história diferente.
Está em tempo. Quer ler mais sobre isso? O site do Cidades Sustentáveis está muito interessante, contando histórias de cidades que fizeram diferente na construção de casas, ciração de parques, tratamento do esgoto.
Dá um pulo lá: Cidades Sustentáveis.
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