Com 2 vagas e vários pré-candidatos, disputa ao Senado deve esquentar

Duas vagas para o Senado, no novo cenário político em que praticamente todos têm chances reais de disputar já movimenta - e muito - os bastidores da política tocantinense. Marcelo Miranda, Osvaldo Reis e Leomar Quintanilha são pré-candidatos no PMDB....

Deputado federal pelo PSDB - que ensaia aliança nacional e local com o DEM – Eduardo Gomes é o mais novo nome colocado na disputa para o Senado em 2010. Seus argumentos são simples: na Câmara Federal já conquistou tudo o que poderia almejar, e a oportunidade de ser eleito é única, devido ao novo cenário vivido na política estadual.

“Se Wanderley Luxemburgo e Juquinha da Valec podem ser candidatos a senadores no nosso Estado, eu me sinto mais do que credenciado a postular também esta vaga”, argumenta o deputado, ironizando o s chamados “forasteiros” que têm sido sugeridos como prováveis nomes ao Senado pelo Tocantins.

Chapa oposicionista

Se a aliança DEM/PSDB caminhar para a indicação do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) ao governo do Estado, caberia ao DEM o lançamento de um vice-governador, ou mesmo um senador. Sobre esta possibilidade, a senadora Kátia Abreu disse ao Site RT em Brasília esta semana, com bom humor: “O DEM tem candidata a governadora, e não candidato a senador”.

Mas a hipótese de que o PSDB tenha candidato ao senado dentro deste cenário não é difícil. Isto por que são duas vagas. Já na hipótese de que o DEM encabece a chapa, são maiores ainda as chances de que Eduardo Gomes consiga ser indicado pelo partido para esta disputa. “Ainda tenho que conversar com o senador João Ribeiro, por que entendo que é importante que estejamos todos juntos neste momento”, disse Gomes também esta semana ao Site RT.

Briga grande no PMDB

No PMDB o candidato melhor avaliado em todas as pesquisas de opinião é o ex-governador Marcelo Miranda. Se olhar apenas os números, o partido em sã consciência não negaria legenda à Marcelo. Mas as últimas divergências entre o ex-governador e o grupo Gaguim se acentuaram. Membros do governo têm dito com freqüência que Marcelo só terá legenda para concorrer a deputado federal, “se quiser”.

Num cenário em que João Ribeiro seja candidato ao governo do Estado - conforme propalado pelo governador até aqui – o PMDB poderia lançar Leomar Quintanilha com tranqüilidade. Competitivo, o senador já mostrou que pode disputar com chances reais. Mas ocorre que Osvaldo Reis também quer ser senador. E tem bagagem para isto, afinal está na Câmara Federal há tempo mais que suficiente.

Só que não existem três vagas, e alguém fatalmente ficará de fora. Num segundo cenário em que Gaguim decida disputar a reeleição, o PMDB não lançaria Leomar, Osvaldo,nem Marcelo. Isto para evitar a divisão de votos e garantir o empenho de toda a coligação em torno de João Ribeiro (PR).

Muito a definir

Para que os nomes que disputarão o Senado sejam definidos, falta muito ainda. Mas uma coisa é certa: na definição dos candidatos ao governo do Estado, estará traçado o destino de todos os partidos. Inclusive do PT, que precisa crescer em nível federal, elegendo representantes na Câmara e no Senado.

Nos bastidores em Brasília também ouvi que Luxemburgo seria candidato ao Senado com compromisso de apoio do prefeito Raul Filho (PT). Isso, caso a justiça eleitoral permita que seu domicílio eleitoral seja referendado no Tocantins.Se decidir por um nome mais tocantinense, o PT tem o próprio Sadi Cassol, que mesmo na condição de suplente, tem tido uma boa atuação.

Num cenário de tantas indefinições, aquele entendimento inicial (e muito amparado pelas intenções de voto que surgem nas pesquisas prévias) de que Marcelo e Siqueira teriam vagas garantida no Senado Federal começa a cair por terra. Um por que não quer. O outro por que provavelmente não poderá disputar.

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