Quanto mais o tempo passa, mais aumentam as probabilidades de que o PMDB enfrente um problema interno grande na escolha de um candidato ao mandato tampão de governador, em caso de confirmação pelo TSE das eleições indiretas no Estado. Caso o STF - instância máxima de consulta sobre questões constitucionais - também entenda que as eleições serão indiretas no Estado, o PMDB poderá estar em quatro, e não dois candidatos nas prévias.
Além de Gaguim, que tem vantagem na preferência dos deputados, e Avelino, que tem vantagem na executiva estadual, Reis e Derval de Paiva estão articulando nos bastidores. Uma postulação de Derval é vista com simpatia pelo PT, e segundo uma fonte ouvida na manhã desta terça-feira, 27 pelo Site Roberta Tum, o ex-prefeito interino da Capital também é dos que não postulariam reeleição, garantindo que o mandato tampão não anteciparia o processo eleitoral de 2010.
Derval de Paiva tem conversado com companheiros, o que é natural, até por que antes mesmo do Rced, o peemedebista histórico já se dispunha a concorrer à presidência regional do partido. A tendência no entanto é que um deputado federal ocupe a presidência, fato que facilita as tratativas com a nacional e o relacionamento da bancada em Brasília. Assim, na sucessão de Reis, a vaga seria ocupada sem traumas por Avelino.
A novidade é uma postulação do deputado federal Osvaldo Reis. Caso dispute e ganhe, ele abriria mão de uma vaga consolidada por diversos mandatos consecutivos em Brasília. A questão é que Reis já não tem a unanimidade nem na direção do partido em nível regional, quiçá a maioria dos votos para disputar mandato tampão via eleição indireta.
É por saber disto, que alguns peemedebistas já colocam as barbas de molho diante da possível postulação de Reis. Ela indicaria mais uma possibilidade de barganha e fortalecimento de Gaguim, uma vez que os dois deputados – o federal e o presidente da AL - são bastante próximos. A um jornal no começo do mês Reis teria afirmado que Gaguim estava certo em articular com os presidentes de diretórios, já que era candidato. E emendou dizendo que ele - Reis - não era candidato a nada.
Há poucos dias do fim do recesso do TSE - Tribunal Superior Eleitoral, não são poucas as dúvidas que pairam sobre os destinos do Tocantins nos próximos 60 dias. Neste cenário, o PMDB, partido do governador que deixará o cargo, e do presidente da Assembléia que assumirá o governo por 40 dias, também se afoga em dúvidas sobre a quem entregar sua perspectiva de poder.
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