É uma conta estranha esta e que aparentemente não fecha, a que mostra de um lado o governo passado - de Carlos Gaguim – com 22 mil comissionados a mais, gastando menos com pessoal que o governo Siqueira: com todos estes aí na rua e “apenas” cerca de 6 mil contratos temporários, como tem informado a Secretaria da Administração.
Soa desproporcional, mesmo se computando aí os 25% aos quais têm direito apenas os servidores do efetivos do quadro geral. E as progressões. E o reajuste inflacionário que era para ter sido pago em outubro do ano passado.
Novamente sou acometida da síndrome da vitrola furada para repetir: falta clareza ao governo para dizer o que está fazendo, como está fazendo e quanto tempo ainda vai demorar para mostrar a diferença de gestão e começar a aliviar seus milhares de eleitores com o cumprimento daquelas promessas de campanha.
Nos gastos com funcionalismo, falta clareza
Querem um exemplo? Por que o governo não vem a público e explicita estes números? Já devia ter vindo e mostrado: “as exonerações reduziram a folha em X milhões, os contratos temporários estão custando tanto, as progressões somaram este valor à conta” e assim por diante.
Números. Informações. Dados claros. Está faltando clareza na comunicação do governo. Rapidez em prestar informações públicas, necessárias. Sem elas, ficamos nós, os profissionais da informação, com a incumbência de ler e interpretar dados secos em balanços no Diário Oficial.
O superávit da receita com orçamento aprovado (ainda com atraso), não deixam entender por exemplo a demora no pagamento da contrapartida em obras como a da ponte em Tocantínia. Que até um dia destes não havia sido paga. E olha que não é dinheiro que o governo não tenha em caixa. Ponte aliás, que ficou praticamente pronta e que com um pouco de esforço poderia ser inaugurada. Mesmo que não se possa dizer que é obra deste ou daquele governo: três governadores passaram por ela. Mas a nós, mortais, o que é que isso importa, não é mesmo? Interessa é a ponte liberada.
Assisti ao debate no twitter entre o secretário de Planejamento e o jornalista Lailton Costa sobre o assunto, li esta manhã a reportagem do Jornal do Tocantins e compreendo que existem reais diferenças entre o último ano de Gaguim e o primeiro de Siqueira. Especialmente no que toca a investimentos, já que quanto ao funcionalismo, como disse é uma conta que não fecha para mim, sem a clareza dos números.
O problema talvez esteja nas expectativas grandes demais. Siqueira Campos tem em seu histórico, além da luta pela criação do Estado, três gestões à frente do governo. Conhece tudo que está aí. Venceu as eleições em Outubro, e antes disto havia apresentado um plano de governo. Teve tempo para verificar in loco a real situação emq ue se encontrava o Estado.
Esperava-se que por tudo isto, a máquina engrenasse mais rápido. Coisa que não aconteceu. Em Goiás, por exemplo, Marconi Perillo sucedeu um adversário. Mas no segundo mês de governo estava publicando edital de licitação para recuperação de estradas. No último mês lançou novas obras, e já participa de atos de implantação de indústrias.
Estes desencontros e cobranças que acontecem por aqui entre jornalistas, críticos de diversas formações que povoam as redes sociais e políticos se dá por um único motivo: no nosso glorioso e amado Tocantins as mudanças ainda não vieram. E para muitos, está demorando demais.
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