Craque convocado e craque escalado: a diferença entre os pré-candidatos a prefeito este ano e os candidatos do ano que vem

Há pouco menos de um ano das convenções que vão definir candidatos a prefeito em Palmas, Gurupi, Araguaína, Paraíso, Porto Nacional e nas maiores cidades do Estado, a movimentação política é intensa nos partidos. Muitos pretensos candidatos procuram ...

Uma das pré-candidatas à prefeitura de Palmas que mais tem trabalhado nos bastidores para ser candidata, é a vice-prefeita Edna Agnolin, do PDT. Há semanas ela vem identificando lideranças, convidando para cafés da manhã e conversando sobre política. Quer criar condições de formar um bloco em torno de si, para construir uma aliança como a que elegeu Raul naquela disputa acirrada contra Nilmar e Marcelo Lélis em 2008.

Edna tem uma vantagem: seu partido está fechado em torno do seu nome. Facilidade que o deputado estadual Wanderlei Barbosa(PSB) por exemplo, não tem. Na raia socialista, partido da base do prefeito Raul, concorre com o reitor Alan Barbiero(PSB), que tem a simpatia de intelectuais,e ao que parece da direção do partido. Mas nunca foi testado pelas urnas e não tem por exemplo, a empatia popular que tem Barbosa, ou sua história de ligação com a cidade.

Correndo por fora

Disposto a ser candidato, corre por fora o empresário Carlos Amashta, que teria recebido convites e mais convites. O último, esta semana, teria partido do núcleo do PTN da capital, composto pelos vereadores José do Lago Folha Filho e Divina Márcia. Filiado ao PV de Marcelo Lélis, candidatíssimo, desde que saiu fortalecido das urnas nas últimas eleições, o empresário colombiano radicado no Brasil provavelmente não terá a legenda dentro de sua própria agremiação para disputar.

Briga pelo PMDB

Partido com história e bons nomes, o PMDB “apeou’ por assim dizer do palácio Araguaia há seis meses, e já tem pré-candidato indicado no último encontro do partido, o deputado e Pastor Eli Borges, que acalenta este sonho há muito tempo. Político experiente, Eli sabe que tem pela frente a conquista do próprio PMDB para se viabilizar.

As candidaturas a prefeito não só em Palmas, mas em Araguaína, Gurupi, Colinas, Paraíso, Porto, Dianópolis e nos principais colégios eleitorais do Estado estão longe de ser definidas, em qualquer partido. No PMDB elas vão passar, sem dúvidas pela acomodação de interesses em torno do comando do partido no Estado. Estão na briga Júnior Coimbra e Sandoval Cardoso, mas Marcelo Miranda surge nos bastidores cada vez mais como nome de consenso.

Se comandar o partido terá na experiência do velho Brito Miranda um suporte na hora de equilibrar o xadrez dos nomes que vão disputar. Até por que 2012 é prévia para 2014, e o governo deve vir com tudo para se garantir, e emplacar um projeto de continuidade à gestão de Siqueira Campos, seja com Eduardo Siqueira, ou Vicentinho, nomes da preferência do governador. Ou com João Ribeiro e Kátia Abreu, dois líderes, dois senadores que refluíram de seus próprios projetos de comandar o Estado para apoiar Siqueira.

Nem tudo que parece,é

Por todos estes fatores, as eleições de 2012 são muito mais complexas do que aparentam ser. No caso de Palmas, o deputado federal Eduardo Gomes, do PSDB, que não conseguiu emplacar candidatura ao Senado, vem aí com todas as cartas na manga para tentar viabilizar sua candidatura a prefeito.

É dele o raciocínio de que o ano para discutir candidatura é o próximo, e não este. Na verdade está certo, na medida que as definições de fato, especialmente em grupos grandes como o dele, acontecerão de última hora.

Mas este não é o caso dos avulsos e independentes, os que têm fôlego para correr por fora e estão buscando seu próprio espaço. E é aí que volto aos supostos “azarões”, como Edna Agnolin, Barbosa e outros, para ficar só nos de Palmas.

Quanto à Araguaína e Gurupi, as intenções já ardem como fogo de monturo. Tem pré candidatos dentro do governo, fora do governo, próximos ao governo e contra ele. Araguaína será prestigiada, como já tem sido pelo governador. Gurupi perdeu o protagonismo que tinha na década de 90, perdeu o brilho e está carente de representantes que retomem o desenvolvimento da cidade.

Vamos ver no que todo este caldeirão fervente vai dar. De toda forma, há muitos craques em campo, jogando bem e atraindo a atenção de seus técnicos(partidos) para serem convocados. Daí a serem escalados é outros quinhentos. Tudo virá ao seu tempo, numa contagem regressiva que de fato, já começou.

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