Defensoria Pública e ADPETO lançam campanha para incentivar ressocialização

Será lançada nesta sexta-feira, 17, a campanha “Defensores Públicos: pelo direito de recomeçar” com a proposta de fomentar a reflexão sobre as condições do sistema carcerário...

A Defensoria Pública do Tocantins e a Associação dos Defensores Públicos do Estado – ADPETO, lançam nesta sexta-feira, 17, às 8h, a campanha “Defensores Públicos: pelo direito de recomeçar” com a proposta de envolver o poder público, a sociedade civil, a iniciativa privada e demais instituições na
reflexão sobre as condições do sistema carcerário, construir ações para possibilitar aos presos e egressos a reinserção na sociedade e no mercado de
trabalho. O lançamento da ação acontece no auditório da Defensoria Pública em Palmas.

A população carcerária tocantinense conta hoje com 2.669 detentos. Desse total, 1.057 estão em regime fechado, 1.162 são presos provisórios e 355 estão no regime semiaberto, distribuídos em 44 unidades prisionais entre Cadeias Públicas, Casas de Prisão Provisória e Unidade de Regime Semiaberto.

O defensor público geral, Marlon Costa Luz Amorim, aposta na união de esforços para promover a educação e capacitação dos detentos e com isso diminuir os casos de reincidência e de violências no Estado. “Estudos mostram que quando os presos tem a chance de estudar, aprender uma profissão e ser encaminhados ao mercado de trabalho as chances de voltar a praticar crimes reduzem; a reincidência é 39% menor quando ele estuda e 48% menor quando ele trabalha. O que queremos é uma união interinstitucional para que possamos oferecer condições de estudo e trabalho, e resgatar neles a vontade e o desejo de recomeçar a vida de forma diferente”.

No Tocantins, de acordo com o Sistema de Informações Integradas – Infopen, em dezembro de 2012, 1.584 presos não chegaram a concluir o ensino fundamental, e diante desse cenário fica mais difícil o processo de reinclusão destas pessoas.

A Campanha desenvolvida pela Defensoria Pública prevê ainda viabilizar a criação de estrutura permanente para cursos à distância, redução de carga
tributária estadual as empresas, e traçar políticas internas na gestão do detento, de forma a tornarem-se políticas públicas com ações contínuas.  

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