DEM vem aí dar demonstração de força, mas dilema do partido é nacional

O Democratas fará essa semana no Tocantins uma verdadeira sacudida em suas bases para mostrar que está vivo e forte. O partido pretende se mostrar recuperado após a saída da senadora Kátia Abreu, do vice João Oliveira, do federal Irajá Abreu, estadua...

Nesta quinta-feira, 16, o Democratas realiza no Tocantins um grande evento. Já estão confirmados ACM Neto, senador Agripino Maia, e a presença de Ronaldo Caiado (líder ruralista do vizinho estado de Goiás) também é esperada. A vinda de lideranças expressivas nacionais do partido tem o objetivo de fortalecer a deputada federal professora Dorinha Seabra Rezende e o estadual Osires Damaso, presidente da comissão provisória. O número de prefeitos que permanecerão no partido também deverá ser conhecido no evento.

A saída da senadora Kátia Abreu e do seu time tem um forte simbolismo para o partido no Estado. Mostrar que o que restou do Democratas no Tocantins é um núcleo capaz de reconstruí-lo, é um desafio que passa pelo evento dessa semana.

O dilema nacional da legenda

Em tempos de esvaziamento do DEM com a janela aberta pela criação do PSD, o partido enfrenta o desafio de reformular seu discurso e seu caminho em nível nacional, ou terminar como um apêndice do PSDB.

A verdade é que partidos precisam de bandeiras, discurso e líderes carismáticos para manter acesa a chama da expectativa de poder em sua militância e eleitorado. O DEM parece estar carente de alguns desses quesitos, especialmente no que diz respeito a lideranças expressivas de nível nacional.

O resultado disso é que onde o partido vai leva Aécio Neves – como já está anunciado aqui – na condição de estrela maior da oposição. Sinaliza para uma simbiose onde os tucanos são como o carro-chefe e o DEM coadjuvante.

Fora todas essas questões, o partido ainda é uma legenda sólida para abrigar prefeitos e vereadores de todo o País. A reforma partidária, a mudança nas regras da próxima eleição, um possível impeditivo de coligações proporcionais, também podem afetar a permanência ou não de lideranças expressivas na legenda para o próximo ano.

Mostrar que ainda é um caminho viável é o desafio que o DEM enfrenta aqui e em todo lugar. No Tocantins, especialmente, espera-se para ver quem será capaz de carregar a bandeira com carisma, a capacidade de realização e o contraponto com a esquerda exagerada depois de Kátia Abreu. Quem fará do Democratas uma opção credenciada por aqui? Essa é a pergunta que se espera ver respondida na quinta-feira.

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