O resumo das forças políticas com poder de fogo nas eleições em Palmas mostra neste dia 15 de junho, um desenho claro: Marcelo Lélis marchará com um pool de partidos que já soma, nesta sexta-feira, com oito legendas. A oficialização ontem do apoio do PSD, e hoje do PTB, consolidam em torno do presidente do PV, as forças que elegeram o governador Siqueira Campos.
Ou quase todas. O Democratas, por exemplo, que integrou a coligação de 2010, está solto na praça. É um partido forte, que terá respaldo nacional para suas postulações, assim como tem que seguir as restrições que estão numa orientação do partido decidida há alguns dias. Chapa que tiver o PT ou o PSD na majoritária não poderá contar com o Democratas.
A situação pode excluir de cara o primeiro e a segunda colocada na maioria das pesquisas registradas divulgadas até aqui: Marcelo Lélis pode ter o PSD de vice, segundo corre nos bastidores, o que inviabilizaria a aliança com os Democratas. Luana Ribeiro – que permanece na disputa apesar de todo ti ti ti de bastidores – caminha para ter o PT de vice, o que também seria um fator de exclusão.
E o que sobra? O PMDB de Eli Borges, e o PDT de Edna Agnolin. O primeiro está buscando atrair o Democratas para seu projeto. Pode ser difícil, afinal seria um retorno do partido, que hoje tem o líder do governo na Assembléia Legislativa, à uma aliança do passado, quando PMDB/DEM elegeram Marcelo Miranda e Kátia Abreu.
A segunda, vice-prefeita de Palmas, tem passado dias de provação. Edna é trabalhadora, boa de campanha e fez muita diferença no palanque de Raul. Sofre nas pesquisas uma rejeição que não lhe pertence, afinal nada fez para merecê-la, a não ser responder como vice numa gestão em que os méritos são do prefeito. E este pode transferí-los, ao que tudo indica, para a deputada pré-candidata do PR.
O que se escuta também nos bastidores é que Edna ainda espera ouvir de Raul que não é a sua candidata à reeleição. E só aí tomaria um rumo. Mas para onde? Para o PV de Marcelo Lélis? Para o PMDB do pastor Eli? Difícil saber. Sondado pelo presidente do PMDB, Júnior Coimbra sobre uma aliança esta semana, o deputado Ângelo Agnolin descartou a possibilidade. O partido espera por Raul. Na verdade, espera um compromisso feito há quatro anos, como bem lembrou Donizete Nogueira em entrevista aqui, dia destes.
Com tempo de televisão, com bons captadores de votos, a dúvida que ainda resta na praça em Palmas há 15 dias das eleições é: com quem ficará Edna Agnolin? E com quem ficará o Democratas de Rezende?
Mistério. A terceira variante desta fórmula é o deputado Vanderley Barbosa, que acabou ficando sem legenda para brigar por uma candidatura, mas que tem grande influência nos votos da região Sul. Este parece que está mais alinhado com o PMDB, por força da postura oposicionista.
Cada um que arrisque seus palpites. Em duas semanas, no máximo, vamos descobrir para onde vão os que ainda representam o fiel da balança.
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