O prefeito de Palmas, Raul Filho, que iria depor nesta quinta-feira, 12, ao Ministério Público do Estado, irá se apresentar ao órgão somente na próxima terça-feira, 17. Segundo a assessoria do MPE, o pedido para o adiamento do depoimento foi feito pela defesa de Raul, já que o prefeito está viajando.
O prefeito será ouvido pelo promotor Adriano Neves, que também ouviu no último dia 9 a deputada e primeira-dama de Palmas, Solange Duailibe, e o ex-secretário de governo de Raul, Pedro Duailibe. O horário da oitiva não foi divulgado pelo MPE.
O prefeito deve dar esclarecimentos a respeito do depósito de R$ 120 mil reais feito na conta da ex-assessora de Solange, Rosilda Rodrigues. Raul também deve ser questionado sobre o vídeo em que aparece negociando apoio para sua campanha de 2004 com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Conforme informações da assessoria do MPE dadas ao Site RT na última semana, os vídeos que evidenciam a relação do grupo de Cachoeira com a administração municipal seriam apensados no procedimento que investiga o depósito de R$ 120 mil. A investigação dos indícios de irregularidades é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado (Gaeco) e é conduzida pelo procurador geral, Clenan Renaut de Melo.
Entenda
A deputada Solange Duailibe e seu irmão e ex-secretário, Pedro Duailibe, darão esclarecimentos sobre um depósito de R$ 120 mil feito pela Delta na conta de uma ex-assessora de Solange. Em maio deste ano, o MPE abriu procedimento para investigar um depósito no valor de R$ 120 mil feito pela empresa Delta S.A. na conta corrente da ex-assessora de Solange Duailibe, Rosilda Rodrigues. O órgão tomou a iniciativa depois de matéria publicada na Folha de S. Paulo, em mais uma denúncia envolvendo a empreiteira Delta e agentes públicos do Tocantins.
Na matéria, a Folha apontou que em agosto do ano passado a empresa fez depósito de R$ 120 mil na conta de Rosilda, segundo indicam escutas telefônicas da Polícia Federal obtidas pela Folha. Rosilda foi exonerada do cargo de assessora parlamentar da deputada no dia 10 de abril, mas com data retroativa a 1º de março - dia seguinte à deflagração da Operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema de Carlinhos Cachoeira.
(Atualizada às 8h50)
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