Desatou! E agora, vai?

Se o governo do estado pudesse ser comparado a uma corrida de Fórmula 1, tudo que foi vivido nestes primeiros três meses até ontem, 30 de março poderia ser resumido a um treino. Desatado o nó do orçamento, a máquina vai começar a andar sem problemas ...

Até ontem, toda demanda mais significativa, administrativa ou política do governo levada ao Araguaia ou à Seplan recebia quase sempre a mesma resposta: “Depois do Orçamento”.

Acomodar os companheiros do baixo clero, ainda sem cargos, empregos pelos quais esperaram muitos deles oito longos anos? Depois do Orçamento.

Chamar os cadastros reserva da Saúde e Educação, priorizando como manda a lei, estes ao invés dos outros de contrato temporário para suprimento especial? Depois do Orçamento.

Trocar as carteiras que já não são adequadas na rede estadual de ensino, e fazer as licitações devidas para grandes obras e serviços que exigem dotação? Depois do Orçamento.

Realizar o Concurso Público para substituir o cancelado do Quadro Geral, fortalecer de novo a Unitins, atacar os índices de violência, trabalho infantil, mortalidade, e outros compromissos de campanha.Tudo esperava por este 30 de março.

Então, conclui-se, agora vai!

Toda a demanda reprimida de pedidos, pagamentos suspensos, licitações e obras a reiniciar começa a estourar agora. E olha que a fila é grande.

As medidas impopulares foram adotadas logo no começo do mês de janeiro. Boa parte dos problemas herdados da gestão passada estão com a solução em andamento, à luz do dia, como a questão patrimonial das áreas públicas do Estado. Na Assembléia, como vai nas notas do meu Café On Line desta quinta-feira, já não exibe um inquebrantável grupo de oposição, bastando dar uma olhada nos bastidores da votação deste Orçamento para ter certeza do que estou afirmando.

Agora é que são elas então para o governo: enfrentar o desafio de responder às expectativas de fora e de dentro. Em comunicação o que chamamos de público externo e público interno. A classe política (em compasso de espera) sabe bem o que tem sido represar a cobrança, principalmente dos companheiros do interior que carregaram a bandeira do governador eleito, ainda quando candidato. E agora ver alguns tradicionais adversários ocupando posições de mando e de poder. Coisas a corrigir, não para perseguir, mas para cumprir uma máxima básica em política: o poder deve ser dividido entre quem conquistou.

No final da sessão de ontem,faltando pouco para a meia noite, o alívio era evidente entre os deputados, de situação e de oposição. A bola saiu da Assembléia de volta para o governo. Como bem expressou Marcelo Lélis, o governo de fato, começa agora.

Pois que venha e mostre nos próximos meses seus bons resultados à população.

Comentários (0)