No capítulo III da Constituição Federal o artigo 205 está escrito: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a consolidação da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Mas, infelizmente muitos jovens em idade escolar não estão matriculados, no Tocantins pelo menos isso não se deve a falta de vagas, mas sim por já estarem no mercado de trabalho ajudando no orçamento da familiar ou mesmo pela distância ou a falta de convivência do ambiente escolar.
Estudante, é aquele que a todo o momento se renova, estuda e pesquisa, tentar aprender mais do mundo na ânsia de sempre querer melhorá-lo.
No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um na cidade de São Paulo e o outro em Olinda, que mais tarde foi transferido para Recife. Até então, todos os interessados em estudar as leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima. Em São Paulo o lugar escolhido para acolhê-lo foi o Convento de São Francisco, no centro da cidade, em um edifício de taipa de estilo barroco, construído em meados do século XVII.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.
Em nosso país, muitas mudanças foram provocadas pela participação maciça dos estudantes que naquele tempo conseguiam unir a boa atitude a um sistema ideológico centrado. Não quero discorrer sobre as conquistas, pois todos conhecem de cor e salteado, vamos nos perguntar o que na verdade o estudante tocantinense tem a comemorar? Comemorar o aumento da passagem de ônibus na capital? Comemorar a falácia dos políticos que tanto prometeram uma Universidade Publica e Gratuita (de verdade)? Comemorar o partidarismo dentro das instituições estudantis.
Mais parece que o movimento estudantil perdeu seu brilho, sua força, sua verdade. No passado nós, conseguimos o direito de meia entrada, nossa tão conhecida carteirinha estudantil. O tiro saiu pela culatra, o que era pra fortalecer o movimento na verdade o enfraqueceu, Hoje existem empresas disfarçadas de entidades que só querem o dinheiro do estudante, mas claro, ainda as verdadeiras que os representam. Por falar nisso, por que ninguém nunca questionou onde está a UMESP (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Palmas)? Esta entidade que teve como primeiro presidente o hoje Deputado Ricardo Ayres. Sumiu, desde 2005 não tem sequer um representante, houve-se por aí, que a entidade tinha uma espécie de acordo com o SETURB (Sindicato Empresário de Transporte Coletivos Urbanos Municipal), pois desde que Palmas é Palmas, o sindicato é que emite a carteirinha de transporte do estudante, e não a união deles, dizem as fontes que havia um repasse para a entidade, Até aí tudo bem, pois a entidade, quando existia poderia até realizar seus movimentos, mas e agora. Para que fins são utilizados estes recursos? Aí se vão seis anos sem que os secundaristas da capital tenham um representante, onde suas vozes simplesmente não existem.
O Movimento está totalmente político-partidário, nas escolas, nas faculdades principalmente, DCE hoje em dia é considerado trampolim para candidaturas futuras. Há uma universidade particular em Palmas em que o ultimo representante do seu DCE, lambuzou todo o seu estatuto, lhe deu mais anos de mandato, e se pudesse penso que poderia até verticalizar na universidade o mandato de senador, ou então o de Cuba. Isso só para citar um dos acontecidos no movimento.
Estudantes, o que comemorar que futuro se pretende ter sem que haja qualquer atitude no presente? Mas será que há falta de atitude dos verdadeiros estudantes, ou estes são excluídos dos processos por aqueles doutores que politizam os movimentos com a fisiologia de seus partidos?
Dia do estudante, o que comemorar? O passado das glórias? O presente sem realização? O Futuro não concebido e roubado pela política mesquinha?
Stephson Kim, é natural de Tocantinópolis/TO,
Foi Militante do Movimento Estudantil, foi presidente de Grêmio Estudantil,ex-dirigente da Juventude do PPS, Fundou a ONG Viva a Vida no Tocantins, é Articulista, Atualmente é Palestrante e atua em todos os estados da região norte e nordeste, Abordando temas sobre Motivação Pessoal, Profissional e Sentimental.
stephson.kim@gmail.com
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