O estilo carismático de líder operário emergente do terceiro mundo que o ex-presidente Lula fazia no exterior foi substituído pela linha firme e dura da “Senhora Roussef”, como se referem a ela os americanos.
Na Sexta Cúpula das Américas, encontro que acontece entre líderes do continente, a presidenta colocou Barack Obama numa saia justíssima. Ela interrompeu uma fala do presidente americano com um comentário crítico. Obama falava dos países em desenvolvimento e citou o Brasil, onde segundo ele existe uma classe média crescente. Ao se referir ao novo potencial de compra dos brasileiros, Barack Obama disse que são brasileiros interessados em comprar ipads, e quem sabe “aviões da Boeing”.
Dilma emendou: “ou Embraer”. A interrupção provocou risos e aplausos, por que faz menção justamente ao episódio envolvendo a encomenda de aviões Embraer feita pelos americanos ano passado, que envolveria U$ 355 milhões de dólares. Um questionamento de uma concorrente da Embraer suspendeu o processo, e deve haver uma nova licitação, na qual a empresa brasileira deve participar normalmente.
O fato ocorrido em Cartagena, na Colômbia, voltou a chamar a atenção do mundo para Dilma pelo protagonismo, pelo senso de oportunidade e pela coerência do discurso.
Não é a primeira vez que a presidenta brasileira coloca “os pingos nos is” ao tratar de questões que envolvem o desenvolvimento da economia dos países da América do Sul em especial o Brasil, que representa.
O que está nítido e é bem visto pela comunidade internacional, é que a presidenta tem seu estilo, e passa segurança. O estilo Dilma de ser agrada e nos posiciona de forma que os interesses do Brasil sejam vistos e considerados neste cenário. Mais uma boa surpresa e um avanço sobre a Era Lula no que toca às relações internacionais.
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