Dimas, o PMDB e o apoio do governo em Araguaína: equação pode ficar difícil

Está aí, nas declarações do deputado Eduardo Gomes deste sábado, em apoio a Ronaldo Dimas (mais do que isto, em apoio a que o governo apoie Dimas), o sinal de que acendeu o farol amarelo em Araguaína. E a mensagem é: cuidado! Na prática: com a aproxi...

Tudo pode acontecer na política tocantinense. Só não esperem ver num mesmo palanque tão cedo, Siqueira e Marcelo Miranda. Mesmo que um suba no sábado e outro no domingo. Ou que um vá numa semana e o outro na outra. Ou ainda que um apoie no começo e outro no fim a campanha de um mesmo candidato a prefeito. Pode até ser que isso ainda venha a acontecer, um dia, mas não hoje. Nem nesta eleição.

Praticamente consagrado como líder nas principais consultas internas que os partidos têm feito em Araguaína, Ronaldo Dimas(PR), só precisava, a princípio, driblar a crise que pode ser gerada entre o governo e o Senador João Ribeiro, com o lançamento da candidatura da deputada Luana Ribeiro(PR) em Palmas.

Ao que parece, conseguiu fazer isto nos bastidores, já que deixou o governo depois do prazo estabelecido pelo governador para que os pré-candidatos saíssem (que era dezembro passado). Também já mereceu declarações públicas de Siqueira e Eduardo indicando que não havia por que inventar em Araguaína, se Dimas é companheiro e vai bem na liderança.

Vice do PMDB gera insatisfação no Araguaia

Ocorre que na lentidão do PSDB (pelo menos é o que se depreende das declarações de Gomes neste final de semana), o PMDB foi atrás do espaço para compor na vice de Dimas.

Nos bastidores esta semana a insatisfação estava anunciada. Um recado claro e direto teria sido levado a Dimas pelo secretario de Juventude, Olynto Neto: se o pré-candidato do PR fizer o casamento com o PMDB, estará feito o divórcio com o governo. E aí viria pela frente a busca de outra alternativa em Araguaína.

O que Gomes tenta argumentar em defesa de Dimas é tudo aquilo que a gente já sabe: o suplente de deputado foi vice de Siqueira em 2006, estava no palanque de Siqueira em 2010, e mesmo que tenha “paquerado” com o grupo adversário neste meio tempo, permaneceu com o governador na época das “vacas magras”.

Está aí colocado o jogo de forças. O governo pode até retribuir o apoio a Avelino em Paraíso. Embora já esteja ressabiado com a proximidade do ex-governador com os outros dois ex- do PMDB: Marcelo e Gaguim, que estiveram no seu lançamento de candidatura. Isto por retribuição ao apoio de 2010, como bem lembrou Kátia Abreu esta semana.

Mas tudo indica que em Araguaína Dimas não terá a mesma sorte: ou vai com o PMDB, ou fica com o governo. Esta parece ser a escolha.

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