A aquicultura vem se destacando como uma das atividades mais promissoras e viáveis na área mundial de produção de alimentos. Juntamente com isto ocorre à diminuição dos estoques pesqueiros quer pela exploração indiscriminada quer pelas alterações antropicas como poluição, barramento dos rios e pesca predatória que vem a diminuir o potencial de fornecimento de pescado, que possui crescente demanda de mercado, sendo sua carne a mais consumida no mundo. Desta forma a aquicultura vem se transformando em uma atividade de futuro que virá a abastecer à incessante demanda mundial por produtos pesqueiros e alimentos com alto valor proteico para consumo humano.
De acordo com a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO, 2008), o crescimento da aquicultura na América Latina triplicou nos últimos anos. Esta organização assegura que houve um aumento de 22% ao ano desta atividade econômica no período de 1970 a 2006 convertendo a América Latina na região que apresenta a maior taxa de crescimento. Ressalta-se ainda que durante o mesmo período a aquicultura crescesse a nível mundial apenas 8,8%.
O Brasil vem a ser um dos países com maior potencial para o desenvolvimento da aquicultura continental no mundo. Possuindo aproximadamente 13,8% da água doce disponível no planeta associados a um clima tropical extremamente favorável para o crescimento dos peixes cultivados. Alem disto é favorável a produção em grande escala de grãos como soja e milho, componentes básico de rações. A aquicultura no Brasil vem vivendo um momento impar, um dos fatores que demonstram isto é a criação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) que vem a trazer benefícios e incentivos para a atividade além de dar maior destaque nacional demonstrando a importância do setor para o País. Segundo a FAO, nosso País é um dos últimos grandes celeiros mundiais propícios para a aquicultura, no entanto dá seus primeiros passos na exportação de seus produtos.
O Tocantins é um dos estados que mais se destaca neste cenário, possuindo enorme potencial hidrológico e condições ideais para o desenvolvimento da aquicultura, uma vez que possui temperatura constante na maioria do ano, recursos hídricos abundantes, além do crescente número de reservatórios destinados a geração de energia elétrica de diferentes portes. A existência de jazidas de calcário e terras com relevo adequado que em conjunto com o clima excelente para a produção de pescado na região torna bastante favorável o desenvolvimento da aquicultura no Estado. Outro fator a ser considerado vem a ser a grande facilidade encontrada no escoamento da produção, através da construção da Ferrovia Norte Sul e do sistema viário da Rodovia Belém-Brasília (BR-153).
O grupo de trabalho formado pela Embrapa definiu o Tocantins, mais precisamente o município de Palmas para a implantação da Unidade Embrapa Aquicultura e Sistemas Agrícolas a nível nacional. Considera que a região tem potencial para tornar-se grande exportadora para a Ásia e a Europa, abrindo assim um leque de possibilidades ainda inexploradas no Estado.
O Estado do Tocantins, frente à grande demanda de pescado a nível mundial se prepara para organizar sua cadeia produtiva, buscando se adequar ao processo produtivo moderno de modo a ampliar a produção atendendo os padrões de qualidade requeridos pelo mercado.
Desta forma como técnico acompanho diversos empreendimentos aquicola no Estado, os quais todos aqueles que seguem com tecnologia tem se prosperado plenamente a cada ano que passa, pois além da facilidade de escoamento da produção quando se tem um padrão de qualidade no pescado produzido a criação de peixes no estado do Tocantins tem índices zootécnicos impressionantes principalmente pela alta temperatura do estado.
Assim sendo, discordo plenamente com sua visão meu bom Waldiney, baseando nossa discussão não só em dados mundiais, nacionais e estaduais, mas também na experiência prática que temos vivenciado no Estado, tendo nossa empresa mais de 500 produtores atendidos seja com alevinos equipamentos projetos e licenciamentos.
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