Disputa pela Câmara Federal promete ser acirrada

O final de 2009 vai chegando, mas nos bastidores da política tocantinense o que mais se faz são contas. Na Câmara Federal, os oito deputados tocantinenses têm a prerrogativa de concorrer à reeleição tendo nas mãos o trunfo das emendas parlamentares, ...

Os deputados federais tocantinenses tiveram no ano passado, R$ 10 milhões cada um em emendas parlamentares, fora as emendas de bancada. É verdade que parte deste dinheiro não se materializou na conta dos 139 prefeitos tocantinenses, sob a forma de recursos federais destinados à obras diversas.

Este ano, transformar as emendas em empenho, e posteriormente em dinheiro não foi tarefa fácil. Entre os que reclamaram muito está o deputado federal Moisés Avelino. A amigos ele confidenciou que não tem paciência para “conversa mole”. É que a rotina de ir aos ministérios em busca da liberação de emendas, ouvir promessas, e não vê-las se concretizando tem cansado o deputado.

Oito privilegiados

Seja como for, os oito deputados federais tocantinenses são candidatos privilegiados no embate do ano que vem. Senão vejamos. Nilmar Ruiz (PR), é candidata à reeleição. Sofreu perdas em sua base para o deputado João Oliveira (DEM), mas tem buscado recuperar-se depois que se aliou ao governo Gaguim.

Oliveira, por sua vez é candidatíssimo à reeleição, e mesmo estando no DEM, fez o dever de casa, mantendo seus prefeitos atendidos. Eduardo Gomes (PSDB) conseguiu manter bem atendidos os prefeitos de sua base, e tem reeleição considerada tranqüila. Mas já manifestou desejo de ser candidato a senador. O tempo dirá se isso será possível.

Os deputados Laurez Moreira (PSB) e Vicentinho Alves (PR), embora apagados na mídia tocantinense, têm seus trunfos. O deputado Osvaldo Reis (PMDB), manteve a presidência do partido, é candidato consolidado no Bico do Papagaio, e também pode ser um nome para o Senado.

Restam Lázaro Botelho (PP), que está bem na sua região e Moisés Avelino (PMDB), que tem votos em todo o Estado. De toda forma, considerando que estes oito estão firmes na disputa, resta saber quem tem potencial para ameaçar suas vagas.

Prontos para a disputa

Em 2010 o PT vem com tudo para fazer representação na Câmara Federal. Conta com o reforço de nomes como o do ex-deputado Darci Coelho, o presidente do partido, Donizete Nogueira, e pode ter uma candidatura avulsa de Paulo Mourão, que voltou ao partido por determinações superiores.

Na região Norte do Estado, fora da cadeira, e de olho nela estão nomes fortes. É o caso de Júnior Marzola, da Faet, suplente de deputado federal do DEM. É forte também, Ronaldo Dimas, que deixou o PSDB. E de Araguaína deve ser candidato também o deputado estadual César Hallum (PPS), com o apoio do ex-vice governador Paulo Sidney.

Estaduais emergentes

Da Assembléia Legislativa emergem bons nomes, e com potencial. Alavancados pela nova composição política preparam estrutura e bases os deputados Ângelo Agnolin (PDT), na região Sul, e Júnior Coimbra (PMDB), no Centro do Estado. Se vingar a idéia do chapão na proporcional, todos terão as mesmas chances, e serão eleitos os melhor votados.

Sem mandato e na disputa devem estar também o empresário Tom Lira, e a secretária Maria Helena Mourão. A expectativa no DEM em torno do nome da professora Dorinha Seabra Rezende também é forte, e com chances reais de eleição. No meio empresarial a expectativa também é grande com Juquinha da Valec.

A grande incógnita é saber se haverão duas chapas ( base de Lula versus DEM e PSDB), ou se o Tocantins poderá ter uma terceira via com a base lulista dividida em duas candidaturas. Há quem aposte nesta possibilidade. Eu pessoalmente acredito que não será desta vez. Tudo caminha para mais uma campanha daquelas maniqueístas, onde o discurso será o do “bem”, contra o “mal”, onde os candidatos proporcionais serão carregados a tiracolo.

Seja como for, pode ser que os ares da mudança sacudam a Câmara Federal. Nomes dispostos e preparados para isto não faltam.

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