O distrito de Luzimangues, pertencente ao município de Porto Nacional, sofre, conforme informações de seus moradores e após constatação da equipe do Site Roberta Tum, com a falta de infra-estrutura básica, e bens sociais que arantam sua qualidade de vida. O distrito que hoje conta com aproximadamente 1.600 eleitores, pela distância com a sede municipal, enfrenta grandes dificuldades estruturais.
Segundo um dos primeiros moradores, Valdir de Carvalho, o povo de Luzimangues tem dificuldades de acesso aos mais básicos serviços públicos como saneamento básico, coleta de lixo, saúde, pavimentação asfáltica, educação entre outros problemas abordados pelo morador.
Saúde
Nativo de Luzimangues, Ilson Souza, informou da dificuldade do atendimento de saúde no distrito. “Temos um posto de saúde, que até tem médico, mas ele fecha as quatro da tarde e depois disso se alguém passar mau tem que ir para Porto Nacional”, destacou Souza ao informar que se um paciente solicitar atendimento em um Pronto Atendimento de Palmas, cidade mais próxima ao distrito, não consegue atendimento por não ser morador da Capital.
“Muitas vezes já tive que pegar o endereço de amigos que moram em Palmas para conseguir ser atendido no Pronto Atendimento”, informou. Souza destacou ainda que as unidades do Samu de Palmas não podem atender o distrito e caso algum morador precise de atendimento deve aguardar que uma unidade se desloque de Porto Nacional.
Economia dependente
Sobre a economia local, além do pequeno comércio para atender as necessidades básicas da população, como mini mercados, farmácia, oficina de motos e veículos e padaria, o distrito depende diretamente de Palmas para a sua sobrevivência. Valdir de Carvalho, informou que a população vive basicamente do plantio de hortaliças que são vendidas nas feiras de Palmas. “A maioria tem pequenas plantações de hortaliças em casa e vendem nas feiras e o restante trabalha em Palmas”, destacou.
Estrutura Básica de sobrevivência
O distrito, como já foi citado tem hoje por volta de 1.600 eleitores, o que configuraria, por aproximação, em uma população em torno de 3.000 habitantes, já que não há dados concretos, e apesar de seus onze anos de existência, apenas um pequeno trecho de rua é asfaltado, o que segundo Carvalho, na época das chuvas, “a lama toma de conta” e na época da seca, os problemas respiratórios aparecem, já que a terra fica solta.
Já quanto à educação, os moradores contam hoje com duas escolas, uma municipal que atende os alunos da pré-escola e outra estadual que atende em tempo integral que oferece o ensino até o nono ano do ensino fundamental. “Hoje quem precisa fazer o ensino médio tem que ir para Palmas, e a escola que se diz ‘de tempo integral’, quando dá três horas já libera os alunos”, informou Carvalho.
Segundo informações dos moradores o sistema de coleta de lixo, após apelação para o Ministério Público acontece as quartas e sábados. A energia, segundo as informações, tem grandes períodos de interrupção e a água não recebe nenhum sistema de tratamento. “A nossa água não é tratada e inclusive a caixa d’água estava enferrujada a empresa responsável pintou por dentro e não aguardou a tinta secar e soltou a água para a população”, informou carvalho ao pedir que a equipe cheirasse a água que saía da torneira de sua casa onde o odor da tinta era evidente.
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