Recém chegada de viagem, e sem ter tido a oportunidade de conversar com os principais envolvidos na disputa que está se formando em torno do PTN da Capital, a vereadora Divina Márcia concedeu entrevista exclusiva ao Blog da Tum na manhã desta quinta-feira, 22 sobre os rumos do partido e da bancada formada por ela e José do Lago Folha Filho na Câmara Municipal de Palmas. "Não vou me posicionar sobre a possibilidade de assumir a direção do PTN metropolitano antes de conversar com este grupo que foi responsável pela minha eleição e a do Folha. Quero marcar uma reunião com eles para a semana que vem, e aí analisar os fatos. Por enquanto o que estou vendo não é uma disputa de grupos no partido, mas eu diria um desentendimento pessoal entre o Júnior Luiz e o Folha", adiantou.
Vereadora, o presidente do PTN no Estado, Júnior Luiz chegou a conversar com a senhora sobre a possibilidade de lhe indicar na presidência do partido em Palmas?
Divina Márcia - Desde a diplomação ele disse que queria falar comigo sobre este assunto. Mas em seguida eu viajei, e não tivemos a oportunidade de conversar.
Como a senhora avalia este momento do PTN, o Folha assumindo uma posição de apoio à bancada do prefeito, e a senhora permanecendo no bloco de oposição?
Divina Márcia - O Folha me justificou a posição inicial dele, de votar na eleição da Mesa Diretora, diferente da orientação do grupo, por compromissos que ele tinha com sua base, e precisava manter. A posição dele sobre a questão partidária nós também não conseguimos conversar nos últimos dias.
Sim, mas ele já declarou que pretende permanecer governo, com a Aliança da Vitória e apoiar a base do prefeito na Câmara, isso é contraditório?
Divina Márcia - Eu penso que sim. Veja, eu não sou oposição ao prefeito. Sou oposição ao que não é bom para a cidade, sou oposição ao que eu não considero ético. Se a nossa prefeita, que nós apoiávamos tivesse ganhado, não estaria tudo bem? não estariam todos juntos? Pessoalmente gosto e respeito o prefeito Raul, mas eu pertenço a uma base que foi eleita pela oposição, e acho que devo permanecer nela, fazendo uma oposição responsável. Eu sou da postura de que devemos permanecer na orientação daqueles que nos ajudaram a construir esse sonho.
Se o vereador Folha não permanecer no bloco de oposição isso prejudicará a representação que vocês terão nas comissões. Como fica esta questão?
Divina Márcia - Eu ainda espero que o vereador Folha componha conosco.
Vereadora, a senhora aceitará o desafio de comandar o PTN metropolitano?
Divina Márcia - Veja, o PTN começou quando um grupo de pessoas, com a mesma condição financeira começou a se articular a convite do Tibúrcio Tolentino, para buscar uma sigla. Isso foi no final de 2006. De lá para cá o partido cresceu e brilhou. Todo grupo é responsável por isso. Eu não posso decidir esta questão sem conversar com os companheiros. Até por que, o Folha na sua entrevista, falou no meu nome para o estadual. O Júnior, me citou para o metropolitano. Então há uma divergência aí. Semana que vem quero reunir este grupo de companheiros, responsável pela minha eleição e a do Folha para conversarmos.
E como ficará a senhora diante da divisão destes dois grupos, os insatisfeitos com a direção estadual, em torno do vereador Folha, e o grupo do presidente estadual, Júnior Luiz?
Divina Márcia - A insatisfação começou antes do período eleitoral. Começou quando o presidente Júnior Luiz indicou, no cartório o companheiro Galego e o Folha para presidente e vice da comissão provisória de Palmas, em substituição à antiga, em que o presidente era o Tibúrcio Tolentino, e eu fazia parte. Ele fez a indicação sem consultar os companheiros sobre o que eles queriam. O que está me parecendo é que existe um desentendimento pessoal entre o Folha e o Júnior Luiz. Nós fizemos num bom trabalho aqui em Palmas, elegemos dois vereadores. O Júnior também fez a parte dele, correu o interior e elegeu muitos vereadores. É preciso dar a César o que é de César. O PTN tem condições de brilhar muito daqui para frente. Mas vai ser preciso sentar e conversar para definir os rumos do partido.
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