Maria Auxiliadora Seabra Rezende, a Dorinha da Educação foi destaque nacional duas vezes no último ano. Primeiro ao receber das mãos de Viviane Senna, do Instituto Ayrton Senna o prêmio Gestão Nota 10. Depois, por se destacar frente ao Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Educação), recebendo mais do que uma menção honrosa, mas elogios rasgados por parte do Ministro da Educação, Fernando Haddad no lançamento do PDE, aqui no Tocantins.
Ninguém duvida que a educação tocantinense tem um longo caminho a percorrer na busca pela melhoria do desempenho de seus alunos nos exames nacionais. Mas nem só por este índice se avalia a educação. O Tocantins efetivamente deu um salto de qualidade entre a realidade pré-existente nesta região abandonada por décadas, e o trabalho realizado nos últimos anos.
Feita esta ressalva, quero falar do desabafo de Dorinha na noite desta terça-feira, 23 em Taquaruçu. Um complemento à fala dela no mini-comício de Buritirana domingo passado, um dia após o debate entre os vereadores na Praça Maracaípe, no distrito, onde foi atacada várias vezes pelo vereador Wanderley Barbosa, sem que tivesse direito a defender-se ou colocar suas informações.
O problema todo que deu origem as matérias de jornais e sites, não é a escola de Buritirana que o vereador está utilizando para voltar suas baterias contra Dorinha. O problema é que Dorinha é esposa de Fernando Rezende, apóia Nilmar e está de corpo inteiro na campanha.
Se estivesse apoiando Raul e Wanderley, seu trabalho jamais estaria sendo questionado. Mas na condição de esposa de um candidato que está incomodando as "bases sólidas" de Barbosa numa terra em que este age como rei absoluto, isso é inadmíssivel.Por isso tem sido atacada e desrespeitada até mesmo como cidadã nos últimos dias.
Ontem, em Taquaruçú, Dorinha apresentou as cópias de todos os ofícios encaminhados pelo vereador. São pedidos de emprego, a maioria para parentes. A escola de Buritirana só foi alvo de requerimento de Barbosa - de forma oportunista - após a inclusão no orçamento de uma escola para a região. Esta, foi solicitada diante da identificação da demanda por parte da diretora da escola Duque de Caxias, e da comunidade do assentamento de Entre Rios e será construída no assentamento, assim que o Incra liberar a área.
"Nada impede a construção de uma escola em Buritirana, desde que haja demanda", explicou a secretária, que também mostrou os dois ofícios que encaminhou à prefeitura, o primeiro ainda em 2007, requerendo a doação da área para construção da referida escola.
Indignada com o tratamento segundo ela "covarde", de quem ataca sem dar ao outro o direito de se defender, Dorinha ontem fez seu desabafo. Mesmo com os ofícios em mãos, recusou-se a nominar as pessoas alvo dos pedidos de Barbosa. "Respeito quem teve seus nomes nestes ofícios, por que são gente, e gente não se trata como bicho", disse ela.
Um tapa com luva de pelica, em quem usa a tribuna três vezes por semana, para atacar. Alguém que há quatro mandatos muda de lado ao sabor de seus interesses pessoais. Um longo tempo em que Taquaruçu perdeu o brilho, e seu povo pobre viveu de migalhas. As poucas que caem da mesa do vereador.
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