A harmonia do grupo dos 12, que chegou a disputar a eleição para presidência da Assembléia Legislativa completamente unido, acabou. Alguns fatos contribuíram para isto conforme informações de bastidores que confirmei esta manhã na Assembléia. Estes fatos, somados, desaguaram na situação que se observa esta semana com a negativa de Sandoval Cardoso, Vilmar do Detran e Iderval silva, os três do PMDB, em assinar a criação de duas CPI’s. E além deles, Eduardo do Dertins(PPS).
Ao ouvir os três peemedebistas, surge a informação de uma articulação que teria sido coordenada há cerca de 90 dias pelo prefeito de Palmas, Raul Filho(PT), para levar um grupo de cinco deputados a fechar um bloco que votaria pontualmente com o governo.
Além da deputada Solange Duailibe(PT), Wanderlei Barbosa(PSB), Stálin Bucar(PR) e Manoel Queiróz(PPS), o deputado Vilmar do Detran teria sido convidado a compor este grupo. Ao Site Roberta Tum, Vilmar confirmou o convite e disse que não aceitou.
Deputados que ficaram fora do convite, e souberam da articulação que terminou fracassando, não gostaram da iniciativa. “Como é que o Raul manda chamar cinco deputados e deixa sete fora da conversa? Não se faz política assim. Isso é para atender outros interesses” desabafou mais cedo o deputado Sandoval Cardoso, que trabalhou para fortalecer o bloco de oposição, e ao perceber que não tinha chances de ser vitorioso na disputa pela presidência, abriu mão para apoiar a deputada Solange Duailibe.
A sucessão de Palmas interferindo no jogo
A revelação desta articulação juntada às palavras do deputado Vilmar do Detran (PMDB), que justifica em suas declarações não ter assinado a criação das CPI’s por que elas são motivadas por outros interesses, vão desenhando um outro cenário.
Neste, realmente se estabelece um racha na base oposicionista. De um lado estão oito deputados, que querem manter uma ponta de lança contra o governo, questionando mais duramente suas ações. De outro, a turma da conciliação de interesses. Estes podem votar alternadamente contra ou a favor, dependendo do projeto.
A avaliação que faço destas revelações de bastidores, é que a existência de outros interesses, os eleitorais na motivação de alguns deputados - ainda que legítima – pode soar para a população, jogo de cena, no caso específico da criação destas CPI’s.
Os que não assinam são unânimes em dizer que não há fato específico a ser investigado. E Iderval Silva de quebra ainda arremata: “A gente vivia criticando o ex-secretário de Segurança, dizendo que o homem era doido. Agora ele sai e começa a atirar, e de repente alguns querem fazer CPI só em cima do que ele falou. Acho muito vago”.
Pois é. A confusão tá na praça. Agora é ver onde vai dar.
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