Em Brasília desde ontem cumprindo agenda de contatos junto a representantes do governo federal, o secretário de Planejamento e Modernização da Gestão, Eduardo Siqueira Campos (PSDB), falou ao Site Roberta Tum no começo da tarde desta quarta-feira que não vê motivo determinante para instalação de CPI para investigar atos do governo atual.
Informado dos dois temas que nortearão as propostas protocoladas na tarde de hoje, Eduardo advertiu: “Querem falar de dispensa de licitação? Vamos investigar mais profundamente então. As dispensas de licitação para shows que não foram feitos, e o dinheiro não retornou aos cofres públicos. Dispensas para compra de quentinhas e água mineral nos deslocamentos do governo mais esperto que você. Só o que foi gasto aí deve dar para pagar as audiências públicas que faremos no PPA”.
Afirmando que o governo começou “sem olhar pelo retrovisor”, Eduardo destacou que falta argumento para se instalar CPI, mas que o governo tem bancada e líderes para conduzir o assunto na Assembléia Legislativa. “Se instalada qualquer CPI, vamos ver a proporcionalidade. Vamos ver a presidência, a relatoria, e principalmente qual é o desejo da maioria sobre a profundidade destas investigações”, lembrou.
Questionando Ayres
Sem citar o nome do deputado estadual Ricardo Ayres, que ocupa a vaga do titular licenciado, Manoel Queiroz(PPS), Eduardo voltou a bater na questão dos shows contratados pela Secretaria de Juventude, no governo Marcelo Miranda(PMDB) e que não foram realizados.
“Onde estão os R$ 500 mil reais? Onde foram parar? Retornaram aos cofres públicos? Num dia fez a dispensa de licitação, e no outro o depósito na conta de um promotor de eventos para shows que nunca aconteceram. Isso é 171, tá no código penal”, lembrou. “O que nós não vamos admitir é que quem deu prejuízo desta forma aos cofres públicos venha agora posar de paladino da ética e da moral”.
Segundo fontes do Site Roberta Tum na Assembléia Legislativa, a proposta que o governo estuda aprovar através de sua bancada é a extensão do prazo ao se investigar licitações que foram dispensadas, para os últimos oito anos, abrangendo os governos Marcelo Miranda e Carlos Gaguim. Despesas com shows,óculos, tendas, palco, marmitas e água, feitas com dispensa de licitação seriam investigadas. Com a maioria dos deputados a bancada governista pode alterar o objeto da CPI e o prazo.
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