Para contornar a crise, o prefeito Raul voa para São Paulo para encontrar nesta terça-feira, o senador João Ribeiro. Até aqui, declaradamente seu aliado.
Mas antes disto, uma reunião na prefeitura de Palmas literalmente “arrancou pica pau do oco”. As vozes alteradas dos participantes, podiam ser ouvidas do lado de fora. Na sala, na presença de Raul, literalmente “lavaram a roupa suja”, de um lado a dupla Edna e Vanderlei, e de outro os vereadores Milton Neris – o mais exaltado dos três – José do Lago Folha Filho (PTN) e Lúcio Campelo(PR).
A questão, dita em off por um dos participantes, antes mesmo da reunião é uma só: se Luana for excluída Raul perde os vereadores. Dos três, apenas Milton foi eleito no grupo do prefeito. Folha aderiu no primeiro ano. Lúcio tem votado e defendido a gestão de Raul, mas sabe-se que sua origem é a União do Tocantins, de onde se sair, não sai de boa vontade, mas para acompanhar Ribeiro.
Bate boca sobe o tom
O que os vereadores aliados do prefeito foram dizer é que não aceitam a mudança de critério para definir o nome, que era a realização de pesquisa qualitativa e quantitativa. “Agora que Luana está na frente, vocês querem mudar o critério”, teria dito um deles a Edna e Vanderlei.
Este último, que perdeu o controle do partido para Alan Barbiero e que não tem a garantia do presidente regional Laurez Moreira para ir à convenção (onde também não tem a maioria dos votos, já que o comando é de Alan), afirmou ter garantias de Eduardo Campos de que poderá ser o candidato.
Diante da afirmação, Vanderlei teria ouvido dos companheiros que quem manda é quem tem “o dedo no painel” lá em Brasília, e que ele não tem chances. Perdeu as que tinha quando entregou o comando a Alan.
Mais prestígio
Em outro momento, em que a conversa se alterou, o vereador Folha teria dito que a deputada tem condições de disputar a eleição mesmo que siga sozinha, e que tem mais prestígio político e capacidade de aglutinar votos do que os dois (Edna e Vanderlei).
As coisas esquentaram a ponto do prefeito Raul, mais frio, intervir para evitar confronto maior entre os aliados.
Segundo consta, Raul – com mais experiência que os outros, e temeroso das consequências a que todo este processo de fritura ao qual seus companheiros estão submetendo a deputada Luana possa levar – vai nesta terça à São Paulo encontrar Ribeiro, que permanece internado no Sírio Libanês.
A saída para o impasse seria encomendar uma pesquisa séria, de um instituto confiável, para consumo interno. E de posse dela definir quem será o candidato, ou a candidata.
Ao final do embate desta tarde, uma coisa parecia comum aos participantes: aquilo que antecipei aqui no domingo, em editorial sobre o assunto. Está cada vez mais difícil manter a oposição unida para esta eleição em Palmas.
Seja lá quem for o escolhido, já não será ungido, defendido e acompanhado por todos.
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