Empresários protestam contra prejuízos causados pela paralisação e aguardam pagamento

Empresários em situação financeira difícil e já sem crédito na praça devido à paralisação de obras do judiciário desde 20 de dezembro, manifestaram ao site Roberta Tum seu descontentamento com a falta de informações claras sobre a demora na quitação ...

Construtoras envolvidas nas mais de 20 obras paralisadas desde dezembro do ano passado pelo então presidente interino do Tribunal de Justiça, Antonio Félix, tem enfrentado no comércio e com seus funcionários, problemas gerados pela inadimplência do contratante das obras.

De acordo com Marcelo Maia proprietário da empresa CM construtora a situação de sua empresa, que prestou seviços ao TJ permanece sem solução. “Lá (Tribunal) ninguém dá informação de nada sobre assunto. A última parcela que recebi foi em novembro, já estou desiludido com essa situação. A gente não sabe com quem falar e o que já foi feito fica sendo danificado, dando prejuízo”, contou o empresário.

Ainda de acordo com Maia, sua empresa permanece com sete obras paradas que se localizam em Novo Acordo, Combinado, São Felix, Araguaçu, Dueré e Nazaré. Dessas obras, duas são de reforma e as outras cinco de construção. Segundo o empresário, das sete obras ele só recebeu duas parcelas no valor de 600 mil reais, ainda falta receber R$ 1.200.000.

“Ainda falta receber muito e eles nem respondem se vão pagar. As duas reformas já foram concluídas e delas só recebi 50% do valor que devia ser pago. As obras que eram de construção foram paradas em fase de acabamento e o pagamento pelo que já foi construído não foi feito”, contou Maia.

Fórum com pendências no pagamento já foi inaugurado

Segundo o proprietário da Rodes Engenharia, Ronaldo Imay, ele tem contrato de duas obras com o TJ um fórum na cidade de Miranorte que segundo ele já foi inaugurado e está sendo utilizado e outro que está parado na cidade de Porto Nacional.

De acordo com Imay, ele só recebeu 40% do valor da obra que foi entregue. “Falta eu receber 60% do fórum que já foi entregue e a obra de Porto já está com 20% da estrutura pronta e nós só recebemos 8% do valor. A obra fica lá e a gente tem que fazer reparos constantes se não estraga tudo”, contou o proprietário.

Conforme o empresário, a diretoria de obras do Tribunal informou que teria que fazer vistorias nas obras. “Eles disseram que tinha que fazer vistoria, nas minhas obras ele já foram duas vezes ao fórum de Miranorte, disseram o que tinha que melhorar e nós já fizemos os reparos, mas pelas obras nós recebemos muito pouco”, informou Imay. Ainda de acordo como empresário, o último pagamento recebido foi no mês de novembro e o prejuízo da empresa é grande já que ele deve permanecer cuidando e vigiando a obra que está paralisada.

Prejuízos

De acordo com um engenheiro representante de uma empresa responsável pela construção de um fórum em uma cidade do Estado, que preferiu não se identificar, a construtora para qual trabalha tem contrato de uma obra com o Tribunal de Justiça. Segundo o engenheiro, essa construção já está toda estruturada chegando a fase de acabamento, mas permanece parada dando prejuízos.

“Nesse caso todo mundo tem prejuízo, o próprio Tribunal e a gente também. A obra já tem 50% da estrutura executada e nós só recebemos cerca de 25%. Além disso, o tempo danifica a estrutura, a gente tem que pagar do nosso bolso vigias para olhar as coisas se não o povo leva tudo. O custo tem sido muito alto para a empresa”, destacou o engenheiro.

Entenda o caso

As empresas construtoras - cujos processos licitatórios foram colocados sob suspeita - não conseguem receber pelos serviços já prestados e cujas notas foram emitidas. No Tribunal de Justiça a informação é que as obras passam por vistoria e os processos por investigação. A Operação Maet deflagrou a ordem de paralisação das obras. Boa parte delas estava em fase de conclusão.

Comentários (0)