Com realização de dois grandes eventos, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, estaremos nos próximos anos respirando e transpirando o esporte. Os benefícios para a sociedade a curto, médio e longo prazo poderão ser incalculáveis, desde que existam gestão e vontade política. A África nos deu exemplo, ainda no ano da realização da copa existiam metas que ainda não tinha sido atingida, o atraso na realização das obras é um exemplo. Ate 2014, “o país do futebol”, ai penso no dramaturgo Nelson Falcão Rodrigues, criador de expressões e personagens que ajudaram a formar a mitologia do futebol brasileiro, estaria produzindo as suas facetas para ilustrar esse momento.
Será um laboratório para experiências sustentáveis, o meio ambiente, sem sombra de dúvidas estará em discussão e evidencias, prova disso e a nova camisa da seleção brasileira, que tem a seguinte receita: sete garrafas pets produzem uma camisa.
O evento que terá o investimento de R$ 5 bilhões, entre iniciativas públicas e privadas. A indústria do aço, a construção civil empresas de energias alternativas, demais segmentos e sociedade terão benefícios consideráveis, caso optem em realizar uma Copa do Mundo “verde”. Porém, os cuidados deverão existir desde o inicio, pois a construção de estádios ecológicos, com reaproveitamento da água, assim como a produção de energia renovável no próprio estádio, requer cuidados minuciosos.
A China, nos Jogos Olímpicos de 2008, aceitou o desafio de realizar um evento “verde”. Apesar do empenho em construir o Ninho de Pássaro para recepcionar as Olimpíadas de Pequim, o impacto ambiental foi inevitável, a demanda de energia, a poluição, o transporte de produtos, elevou o consumo de carvão em 40%. No ano de 2010, a África do Sul optou em adotar estruturas e elementos metálicos galvanizados em todos os seus estádios.
Com objetivo de mostrar a importância e vantagens de adotar materiais apropriados para atender as necessidades sustentáveis das obras previstas para o evento, o Instituto Aço Brasil, lançou a campanha “Aço: construindo a Copa 2014”, o que futuramente será utilizado em ferrovias e em outras construções. Imbuídos desse espírito desafiador, uma parcela do segmento esportivo de Palmas, Tocantins, em 2008, apresentou o projeto “Palmas capital do Esporte”, onde, entre outras ações o Lago da cidade, seria uma importante sala de aula para educação ambiental e pratica esportiva, faltou compromisso, vontade política e gestão, em 2010 a historia se repetiu, e o pior aconteceu, extinguiram em ambas as esferas, a secretaria dos esportes.
O Brasil, “país do futebol”, tem potencial e tecnologia, resta saber se teremos políticos com visão empresarial para fazer gols rumo aos benefícios socioeconômicos, melhorias no transporte público e um meio ambiente mais respeitado, e aí as gerações futuras usufruíram do legado da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
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