Estudante que morreu com suspeita de meningite é enterrada na Capital: saiba mais sobre a doença

A estudante Driely Rejane Gomes dos Santos, 15 anos, foi enterrada ontem em Palmas. Após autorização dos pais, alguns colegas da adolescente foram medicados, segundo informações da diretoria da escola onde ela estudava,Vera Vensque. O Site Roberta Tu...

Ainda ontem, a adolescente Driely Rejane Gomes dos Santos, 15 anos, foi enterrada em Palmas. A morte da jovem tem como prinicpal suspeita a meningite bacteriana, que chegou a ser confirmada pela enfermeira da Secretária Municipal de Saúde, Maria Isaura.

Em menos de um mês, Driely é a segunda pessoa quer vem a óbito com suspeita de meningite na Capital. Em entrevista ao Site Roberta Tum, o médico infectologista, Flávio Augusto de Pádua Milagres, explicou que a doença, no seu caso mais comum, é transmitida através do contato direto. “No caso da meningite viral, essa transmissão é de pessoa para pessoa, por isso ocorrem em locais onde as pessoas passam de 4 à 8h no mesmo local como em creches, asilos, presídios”, explicou o doutor Flávio.

A meningite é um processo inflamatório das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Segundo o infectologista, o diagnóstico pode ser rápido e até imediato, mas em alguns casos pode demorar no máximo sete dias.

Doença endêmica

De acordo com as informações que constam no Portal da Saúde, a meningite é considerada uma doença endêmica, que se manifesta em determinados locais e que tem tendência a não se espalhar, ocorrendo surtos principalmente no inverno, quando as pessoas tendem a ficar mais tempo em locais fechados, com pouca circulação de ar.

Recentemente devido a um surto da meningite na Bahia, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, no Departamento de Vigilância Epidemiológica, divulgou informações importantes sobre a doença. Uma delas se refere ao fato de que a doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como fungos, mas principalmente através das bactérias e vírus, porque através destas formas a meningite alcança uma magnitude de ocorrência e potencial de produzir surtos.

Causas

A meningite causada por vírus é considerada do tipo mais leve, ocasionando sintomas parecidos aos da gripe e resfriados, só que de uma forma mais intensa. Já as provocadas por bactérias, apontada como a causa da morte da de Driely, é considerada o tipo mais grave. Os causadores neste caso são bactérias do tipo meningococos, pneumococos ou hemófilos.

Não há faixa etária para que se adoeça, portanto indivíduos de qualquer idade são suscetíveis às meningites, mas o grupo etário de maior risco para adoecimento é o de crianças menores de cinco anos.

Sequelas

A doença pode deixar algumas seqüelas como: dificuldades no aprendizado, paralisia cerebral, podendo causar problemas como surdez. As crianças e idosos são as mais vulneráveis a meningite devido ao seu sistema imunológico não estar completo ou estar mais frágil.

Sintomas

Os principais sinais e sintomas em crianças acima de 1 ano de idade e adultos são febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele.

Em crianças menores de um ano de idade, os sintomas podem não ser tão evidentes, devendo-se atentar para a presença de moleira (parte de cima da cabeça) tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

Transmissão, tratamento e prevenção

A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória, por meio de gotículas e secreções do nariz e garganta, havendo necessidade de contato prolongado e convivência no mesmo ambiente (residentes da mesma casa, colega de dormitório, creche, alojamento).

Para tratamento é necessário que após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas do paciente, este fique internado e o tratamento será realizado com antibióticos específicos.

Atuação da equipe médica é importante

O médico infectologista Flávio Augusto destaca que a atuação de laboratórios e equipes médicas são importantes no diagnóstico e tratamento. “Desde o primeiro atendimento, que deve ser buscado na unidade básica de saúde, até passar pela equipe que colhe o material espinhal para análise, até o início do tratamento, deve haver uma colaboração para se buscar resultados mais rápidos”, disse o médico, que pede apoio principalmente dos laboratórios para que forneçam os diagnósticos de forma mais rápida.

A principal forma de prevenção da doença é a detecção e o tratamento precoce dos casos, evitando-se que a doença seja transmitida a outras pessoas. “Frente aos primeiros sintomas, a orientação básica é que se procure a unidade de saúde mais próxima para que seja feito um alerta e que a vigilância de saúde e equipe médica deem um direcionamento ao paciente”, frisou o infectologista Flávio Augusto de Pádua.

Vacinas

Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite, dentre estas, estão disponíveis no calendário básico de vacinação da criança: BCG, que também previne as formas graves de tuberculose, a vacina contra a meningite por Haemophilus influenza tipo b, pneumocócica 10-valente e a meningocócica conjugada C.

Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental.

Em contatos de casos de Doença Meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae (tipos bacterianos) está indicada a quimioprofilaxia, preferencialmente em até 48 horas da exposição à fonte de infecção, levando em consideração o tempo de transmissibilidade da doença.

(Com informações do Portal da Saúde, do Ministério da Saúde)

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