Se a Câmara Municipal insistir em aprovar o projeto do executivo municipal que corrige a Planta de Valores Genéricos da Capital em até 300% da maneira como está vai haver ação popular contra o aumento e em defesa dos diretos adquiridos pela comunidade ao longo dos últimos anos. A avaliação é do vereador Evandro Gomes (PMDB), que se manifestou favorável a uma revisão nos valores atuais, segundo ele, defasados, mas não nos patamares pleiteados pela atual gestão.
"A gente sabe que Palmas tem vazios urbanos, o que torna a cidade adminsitrativamente difícil e cara, mas defendemos uma correção gradativa na planta de valores, de preferência ano a ano, e não desta forma que a gestão atual quer fazer", disse Evandrinho na manhã desta sexta-feira ao Blog da Tum.
"Outra coisa, o prefeito e seus secretários não se cansam de dizerque a inadimplência no pagamento ao IPTU chega a 70%, imagina com um aumento destes. Vai chegar facilmente aos 90%", afirmou o vereador, que concorreu a vice-prefeito na chaa da Aliança da Vitória. Evandro Gomes disse ter o mesmo entendimento do presidente da Casa, vereador Carlos Braga, com quem já discutiu o assunto. "É exorbitante, e o entendimento do presidente, assim como o meu é que se fizesse de forma gradativa".
A perda dois direitos adquiridos ao longo dos anos, aspecto abordado pela vereadora Warner Pires, também foi lembrado por EvandroGomes. "Junto com o aumento na planta, o prefeito quer a queda dos descontos, e enviou outra lei que tira benefícios conquistadosao longo dos últimos anos. Além do muro e da calçada, que teve regularidade nos pagamentos nos últimos cinco anos também tem desconto, e isso tudo está para ser retirado", argumentou.
Se os vereadores em final de mandato adotarem a postura de aprovar o projeto como está, Gomes entende que a resposta virá em forma de ação popular contra o aumento, "e com grandes chances de ser bem sucedida". Em diversas quadras, a correção pretendida na Planta de Valores é de 300%, enquanto a inflação registrada nos últimos anos, desde a última correção nestes valores (2003) varia em torno de 11% ao ano.
"Como cidadão e morador de Palmas entendo que há uma grande defasagemno valor destes imóveis. isto é claro. Mas não podemos o reajuste de uma só vez, isto está fora da realidade do morador da Capital", finalizou.
Comentários (0)