“Eu fazia faculdade e trabalhava como estagiária. O primeiro passo que aprendi foi me planejar. A partir daí percebi que era importante querer aprender, fazer amizades, estar disposto a receber críticas e ser comprometido”. Essas foram as primeiras declarações da ex-estagiária da Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto), e atual Gerente de Marketing e Mercado do Serviço Social da Indústria (SESI), Klébia Pontes, ao T1 Notícias.
Com uma história de superação e conquistas, ela afirma que o estágio teve papel fundamental na construção de seus objetivos. “Foram dois anos de estágio. Era atendimento, parte administrativa, eu fazia de tudo um pouco. Nunca me contentei com aquilo que me passavam. Se eles diziam, hoje você vai ser atendente, eu fazia aquilo, mas também me relacionava com os clientes e perguntava se havia mais coisas para fazer. Eu instigava meus superiores a me passarem mais coisas”, afirmou Klébia, que hoje é formada em Ciências Contábeis e está finalizando um MBA em Marketing e Gestão empresarial.
O crescimento no número de estagiários nos últimos anos também demonstra que a procura pela mão de obra estudantil passou a ser mais valorizada no Tocantins. De acordo com dados do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), de janeiro à julho deste ano um total de 1.437 estagiários foram inseridos no mercado de trabalho, superando o índice de todo o ano de 2012. Já em outubro a quantidade de estudantes chegou a mais de 1.640 estudantes.
Crescimento na indústria tocantinense
Um dos proprietários da JL Meurer Construtora, Jackson Meurer, afirmou ao T1 Notícias que atualmente possui 10 estagiários distribuídos entre as áreas de Administração, Ciências Contábeis e Arquitetura e que, com a expansão de seu negócio, pretende contratar ainda mais.
“Oferecer a oportunidade de algum estudante estagiar é uma maneira que a empresa tem de encontrar novos talentos. Aqui, se o estagiário ficar os dois anos estabelecidos pela Lei do Estágio, ele é automaticamente contratado”, declarou.
A economista Luciana Vale estagiou na parte de estágio dentro do próprio IEL e hoje trabalha na M&V Engenharia, como Gerente Administrativa Financeira. Ela declarou ao T1 Notícias que o estágio foi de extrema importância para que conseguisse se firmar no mercado de trabalho.
“Quando eu comecei a trabalhar eu estava na faculdade aprendendo apenas a teoria. Ele foi importante para desenvolver na prática os meus conhecimentos e para poder conhecer profissionais que me auxiliaram a crescer. Como eu trabalhava diretamente com o ramo das indústrias aqui no Estado, eles me convidaram e me deram uma oportunidade”, destacou a profissional que se formou em 2009 aos 23 anos de idade.
A coordenadora de Estágio do IEL, Ilana Farias de Oliveira, que também era estagiária e foi efetivada no instituto, disse que o número de solicitações de estágios na indústria tocantinense tem aumentado significativamente a cada ano.
“A procura por estágio nas indústrias em todo o Tocantins ainda não é muito grande, mas tem crescido de maneira significativa. No Estado, as construtoras são as que mais solicitam estagiários”, explicou. De acordo com dados apontados por Ilana, no ano de 2012 havia 233 empresas cadastradas no IEL e até outubro deste ano 248 já mantinham vínculo com o instituto, o que comprova o aumento no interesse pelo trabalho do estagiário no Tocantins.
Comentários (0)