Ex-servidores da Câmara podem completar um ano sem receber direitos

Os mais de 100 ex-servidores que perderam o vínculo com a Câmara Municipal de Palmas no final de dezembro do ano passado ainda aguardam o recebimento dos seus direitos trabalhistas referentes à quitação do 13º Salário, e proporcional de férias. Para ...

Caminha para fazer um ano, no próximo mês de dezembro, a pendência que a Câmara Municipal de Palmas tem com mais de 100 ex-servidores. Eles atendiam aos gabinetes dos oito vereadores que não foram reconduzidos à Casa, e também ocupavam cargos comissionados, de livre indicação dos parlamentares, na estrutura da Câmara.

A confusão começou quando o ex-presidente, Carlos Braga, deixou a conta em aberto para o novo presidente, Wanderlei Barbosa pagar. Este último, inconformado em ter que retirar do caixa- que baixou este ano em função das quedas de arrecadação -  mais de R$ 230 mil, consultou o TCE sobre a responsabilidade da dívida.

O Tribunal por sua vez não entrou em detalhes, disse que os servidores têm o direito ao pagamento. Barbosa considerou a resposta insuficiente. Numa entrevista anterior ao Site Roberta Tum sobre o assunto, disse que não há recurso no orçamento da Câmara Municipal para quitar esta dívida.

É sabido que o presidente determinou uma economia de cerca de R$ 100 mil reais mês com o objetivo de construir o prédio próprio da Casa, e sair do aluguel. Em entrevista hoje ao Site RT, Barbosa voltou a reafirmar que não há recursos para quitar este débito, e que possivelmente ele será pago no próximo ano.

Fogo amigo

Mas a posição do presidente desagrada não só aos mais de 100 ex-servidores que esperam há quase um ano para receber. Encontra resistências e críticas nos colegas da própria Mesa Diretora. De Cavalcante, vice-presidente de atuação claramente oposicionista, já se esperava a posição contrária a de Barbosa. O vereador pepista disse que em seu lugar, pagaria.

A posição do secretário geral da Casa, vereador José Hermes Damaso(PDT), no entanto é mais contundente. Além de qualificar a decisão de Barbosa em não pagar, como “um erro”, ele diz mais: que está orientando os antigos servidores que o procuram, a buscarem seus direitos na justiça.

O certo é que o desgaste existe, e mesmo que a conta devesse ter sido paga dentro da gestão que a originou, quem acaba sofrendo o ônus político pelo não pagamento é o presidente atual. Mas o prejuízo maior mesmo é de quem trabalhou e não recebeu. Um dinheiro que faz falta, mais ainda quando vai chegando o final do ano e o Natal.

Comentários (0)