Excesso de carros de som já incomoda

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As ruas de Palmas foram tomadas na última quinzena pelos carros de som com jingles de candidatos tocados com volume e frequência que incomoda, e muito. Não interessa de quem seja, o som alto das músicas repetitivas das campanhas, majoritárias e proporcionais, atinge primeiro quem trabalha no comércio. As portas abertas, e o entra e sai de pessoas não permite isolamento acústico. E dá-lhe jingle até enjoar.

A reclamação é geral, principalmente nas avenidas JK e Tocantins, em Taquaralto. Quem está nas repartições públicas e nos gabinetes com ar condicionado fica mais protegido do incômodo. Já quem tem que trabalha nas ruas, não aguenta mais, e com razão. Não há fiscalização quanto à altura do som. O resultado é muita, mas muita gente aborrecida, principalmente comerciantes.

É verdade que o carro de som em Palmas, principalmente nas quadras mais populosas é um veículo de comunicação muito usado. Quanto mais periferia, mais carro de som anunciando de tudo: festejo, promoção de supermercado, nota de falecimento. Já está impregnado na cultura popular. Mas mesmo assim, irrita.

Nos meses de agosto e setembro, toda esta poluição sonora se multiplica. Os veículos continuam rodando com as mensagens do dia a dia - inclusive trios elétricos de lojas de eletrodomésticos - e a eles se somam os da campanha política. E olha que são muitos.

Acho que a solução é usar com mais critério estes carros de som. Afinal o objetivo dos candidatos é comunicar, levar sua mensagem, massificar o número. O que não pode é irritar tanto o eleitor, que a ação tenha efeito negativo.

E só pra completar: foguete tem que ser muito bem utilizado, sem exagero. Nesses dias quentes de agosto, basta umafaísca no lugar errado para incendiar matas, telhados de palha e quintais.

robertatum@gmail.com

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