Os cortes que o governo fez em contratos temporários que estão vencendo e não serão renovados já foram sentidos por deputados da base governista que perderam aliados na estrutura administrativa do governo.
Um breve passeio pelo Diário Oficial nos últimos dias mostra no entanto que às dezenas, vão caindo da folha servidores que não tinham o vínculo do concurso com a administração estadual. Gente antiga e concursada também vai perdendo suas funções gratificadas.
Renovar contrato hoje no governo é coisa feita a conta-gotas e com justificativa dos dirigentes das pastas ao governador para manter o servidor.
Tudo isto faz parte de um esforço concentrado para conter a folha. Dados não oficiais repassados por uma fonte com acesso aos números dentro do governo, dão conta de que foram economizados no ano que terminou, cerca de R$ 50 milhões no total com comissionados e contratados, se comparados os dados ao ano de 2010.
Por outro lado com o pagamento de direitos negociados e progressões, o governo teria sentido um acréscimo de R$ 300 milhões com servidores do quadro, ou seja, os concursados.
O fato é que trabalhar no limite prudencial retira do governo a tranquilidade de fazer os investimentos necessários e garantir o pagamento dos compromissos financeiros assumidos com organismos internacionais.
Daí que o desafio para o começo deste ano eleitoral é cortar na carne. Ano passado fiz aqui uma projeção de cortes: 7 mil pessoas. Vamos esperar terminar a onda de cortes para fazer a conta. Mas os números avançam, às dezenas a cada dia. É só conferir.
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